PEQUENA SANDY [Debora Bottcher]
A nossa Sandy, que sempre foi especial e querida, merecia que seus últimos momentos fossem conduzidos por uma pessoa profissional, sensível e carinhosa, e 'nossa' veterinária, Dra. Valéria, foi muito mais que isso. Desde o primeiro momento em que a vi em contato com os nossos animais, soube que nossas ‘meninas’ finalmente estariam em mãos que poderiam ser as nossas, mas a dimensão exata disso conhecemos nessa situação extrema.
Nós pensávamos estar mais preparados, mas no fundo sabemos que a hora final é sempre inesperada e mais dolorosa do que se imagina. Ter alguém tão delicado como ela por perto, foi um alento – embora não exista consolo.

Agora estamos assim, nos sentindo meio órfãos. As duas outras cachorras não compreendem bem o que aconteceu, mas algumas coisas chamam a atenção: elas procuram a Sandy pela casa, em especial nos lugares onde ela ficava com mais frequência nos últimos meses, quando já não se locomovia muito. Também a caminha dela, que antes era disputada a latidos ferozes, por hora mantém-se vazia: nenhuma das duas se atreve a ocupá-la. Deve haver algum tipo de sinal, quem sabe um indecifrável luto canino a cultuar...
Nos próximos dias, estaremos nos mudando e acho que isso amenizará um pouco tal ausência. É que, ainda agora, ao chegar em casa, por uma fração de segundo, peguei-me caminhando direto para o 'lugar dela' - é que ela ficava separada das outras quando saíamos e, na volta, era prioridade ver como ela estava antes de ir ao encontro das outras. A gente demora um pouco pra se acostumar e a mudança pode ajudar...

Comentários
Meus sentimentos a você, a dor é imensa e muito doída, sei bem o que você esta sentindo :(
Mas certamente Sandy agora caminha livremente por aí, num outro plano, seja onde for!
Ah, tenho uma labrador de nome Maya também, AMO!
Beijos
Fernanda, obrigada pelo carinho. Eu, que não tenho filhos, transfiro todo meu 'amor materno' pra elas. Mas pra qualquer pessoa a perda de um cachorro é muito dolorosa...
Nossa Maya também é um presente adorável, junto com a Brinny (que é filha da Sandy). Eu não viveria sem elas... :)
Beijo pros dois.
Meus passarinhos morreram comidos por um gato. Só faltavam falar, conversavam comigo de manhã, respondiam quando eu falava com eles. Foi uma tristeza só. Não concordo de passarinho ficar em gaiola, mas eles foram comprados por meu irmão. Mas enfim, tenho várias cachorras especiais que passaram pela nossa casa. Uma delas, a Lili, meu pai pintou um quadro e ela fica na parede la´de casa...lembro de cada bicho especial, quase-humano, que passou pelas nossas vidas.
Acredite, ela retornou a alma-grupo dela, ou seja, a dos cães, e com certeza quando vc dorme, descobra, vai ao encontro da sua estrelinha. bjo grande, saudades, amor!
Força!
também nao sou muito amiga de cachorros, mas reconheço sem a menor dificuldade a sua dor - como a dor de quem perde um amor. E, vamos combinar, que toda perda de amor dói a beça.
Meu beijo carinhoso para voce, Raul e para as outras duas bichinhas, também orfãs da doce Sandy.
Ana