Estamos em abril de 2009. Encostada na pia de um banheiro pequeno, observo um teste de farmácia, aguardando a segunda listra. Não vai aparecer, penso. Não vai aparecer, repito em voz alta, já me mexendo, destrancando a porta e, antes de sair, olho mais uma vez para o teste. Apareceu. É um milagre, digo para mim mesma, antes de gritar: Estou grávida! Estamos, agora, em novembro de 2010. Acordo cedo e já abro o pacotinho, rebolando pra prender o xixi. Tem que ser o primeiro da manhã, penso, já com o teste em mãos. Faço meu xixi e assisto à primeira listra aparecer, enquanto penso que, claro, a segunda não vai aparecer. Tenho a impressão de ouvir minha filhota resmungar no quarto ao lado. Já está acordando, noto, enquanto olho o teste de novo. Apenas uma listra. Melhor assim, ela nem fez um ano, falo para mim mesma, enquanto deixo o teste de lado. Entro no chuveiro, tentando aproveitar o que me resta da manhã, antes que ela acorde de vez. Imagine só, um segundo bebê, vou pensando enqu
sua dose diária de conversa fiada