EU E A CHUVA >> Carla Dias >>

Assisti um filme do qual gostei bastante, “A Dama na Água” (Lady In The Water). Porém, não será ele o tema desta crônica, e sim algo que disse um dos personagens, um crítico de cinema enfadado pela contemporaneidade da sétima arte. O morador do condomínio, onde a história se desenrola, alegou que não agüentava mais as cenas sob a batuta da chuva e o olhar do romantismo. Que não compreendia o porquê de tantos filmes brindarem a este encontro. Pensei comigo: “por que não?” Chuva tem tudo a ver com romantismo, principalmente quando se trata de cinema. Compreendo que nem todos os roteiristas e/ou diretores são felizes ao tentarem fazer com que a mágica aconteça, mas há chuvas e declarações de amor que são dignas de se tornarem cenas de cinema. Quem não se dá conta disso, certamente anda com o romantismo namorando a aridez. Mas quero mesmo é falar sobre a chuva como cenário biográfico. Quem me conhece, sabe que eu adoro dias de chuva; da garoa às tempestades. Que me sinto culpada porque o t