Quem vê assim tranquilamente fundidos os “as”, não imagina quanta polêmica essa união já provocou. A preposição sofreu humilhações e vitupérios quando se apaixonou pelo artigo.
O preconceito dizia que era inaceitável esse tipo de relação entre palavras do mesmo gênero. De nada adiantaram os argumentos de que “a” era comum de dois gêneros, assim como Itamar ou Alcione.
O preconceito é cego. Já não viam com bons olhos a fusão entre classes diferentes, mas isso - mesmo sexo - era abominação. Aceitavam que a preposição encontrasse outros termos, mas fundir-se não.
Determinada, a preposição “a” não abriu mão do artigo de mesmo nome e, contra todas as dificuldades, vencendo, inclusive, a timidez do artigo, que não resistiu aos seus encantos, fundiu-se com o amado. Contaram com a conivência de alguém muito sério, e por isso respeitado, o acento grave, que legitimou o “ crasamento”, para desespero dos moralistas.
Resolvida essa questão burocrática, gostaríamos de terminar dizendo que foram fe…
O preconceito dizia que era inaceitável esse tipo de relação entre palavras do mesmo gênero. De nada adiantaram os argumentos de que “a” era comum de dois gêneros, assim como Itamar ou Alcione.
O preconceito é cego. Já não viam com bons olhos a fusão entre classes diferentes, mas isso - mesmo sexo - era abominação. Aceitavam que a preposição encontrasse outros termos, mas fundir-se não.
Determinada, a preposição “a” não abriu mão do artigo de mesmo nome e, contra todas as dificuldades, vencendo, inclusive, a timidez do artigo, que não resistiu aos seus encantos, fundiu-se com o amado. Contaram com a conivência de alguém muito sério, e por isso respeitado, o acento grave, que legitimou o “ crasamento”, para desespero dos moralistas.
Resolvida essa questão burocrática, gostaríamos de terminar dizendo que foram fe…