É assim em muitas cidades. Andando por elas, nos deparamos com paredes sujas, cheias de rabiscos, linguagem obscura, símbolos enigmáticos, sem significação para nós, leigos no assunto. Muitas vezes, porém, tais rabiscos chegam a ser formas em representação de interessantes cenas e personagens. Frente a essa manifestação cultural, podemos sentir indignação, revolta, tristeza, e até alegria, no caso dos grafites coloridos terem o condão de nos motivar. Emoções como essas sentidas por nós também podem estar em sua origem. São, na verdade, a vida se marcando anonimamente nos espaços urbanos, atrás desses traços caóticos. Caóticos apenas para nós, bem entendido. Os responsáveis, participantes de turmas - gangs? -, com certeza, sabem o que estão fazendo, insistentemente sujando ou colorindo praças públicas, lugares insuspeitados de difícil acesso, o topo de prédios altos, gastando tintas, sprays, tempo, muitas vezes se colocando à mercê da autoridade pública. E essa vida anônima, desrespeit