Oh, amigos, mudemos de tom! Entoemos algo mais agradável E cheio de alegria! Com esses versos, Beethoven nos convida a ouvir o quarto movimento de sua Nona Sinfonia. Um convite a outros tons diferentes dos que eram ouvidos então. E os sons que ele nos oferece nos movem a um espaço divinamente inspirado. Essa sinfonia é uma daquelas composições geniais que mexem com minha imaginação. Há duas ou três semanas, assisti a uma palestra sobre essa peça musical. Preparei-me para ela com ansiedade, embora naquele momento eu talvez não soubesse bem o que eu queria. Acompanhei uma interpretação geral da obra e informações a respeito do contexto em que ela foi realizada, além de conceitos técnicos sobre a forma musical que a caracteriza. Perceber detalhes de sua composição e do contexto em que ela apareceu, entretanto, pouco ajudou a esclarecer sua grandeza. Por que será que quando recordada pela memória, nos lembramos apena
sua dose diária de conversa fiada