Comecemos pelo quintal – Uma acácia (contemporânea, diziam, daquela que servira para fazer a Arca de Noé), uma mangueira, um carvalho mais antigo que o céu e incontáveis pés de lavanda e alecrim. Não esqueçamos do lago, também, quase uma poça em sua pequenez, mas cujas águas já refrescaram muitos pés cansados. E, por fim, o caramanchão, coberto de maracujás. Sem falar dos pássaros. Assim era o quintal escondido na parte de trás de uma igreja.
Debaixo do caramanchão havia um Presépio. Bom, ao menos, essa era a idéia. Uma cadeira cheia de almofadas macias, um berço e um banco rústicos, todos de madeira, feitos e entalhados à mão. Mas, onde as pessoas que deveriam estar a completar o Presépio?
Um instante. Primeiro, vamos ao anfitrião (ou anfitriões, que não estou para me indispor com o gato preto) – Vestia a batina de linho preto que só usava em ocasiões especiais, calçava sandálias franciscanas e trazia um sorriso que iluminaria a mais negra escuridão.
Sua idade era imprecisa; seu tempo…