CICLORROLETAS RUSSAS >> Albir José Inácio da Silva
As ciclovias crescem no Brasil e no mundo há décadas, apesar das resistências. A má vontade com espaços seguros para corredores e ciclistas era coisa de terraplanistas antiecológicos com inveja da saúde alheia. Seguravam verbas e amarravam iniciativas de criação e ampliação das pistas. Mas agora surgiu um novo e feroz inimigo. Parece que as bicicletas movidas a braços e pernas humanas perderam a batalha para as motorizadas. Não mais o fortalecimento dos ossos e músculos, não mais a superação dos próprios limites, nada do suor que limpa o organismo das toxinas e a alma das angústias. Agora é o medo que nos invade nessas áreas de risco em que se transformaram as ciclovias com a intrusão das máquinas mortíferas autopropelidas por eletricidade e ódio. Que prazer sentem seus sádicos condutores em costurar por entre corpos desprotegidos, tirando finos de seus braços, pernas e costelas e xingando os que não lhes dão passagem ou reclamam de seu atrevimento! Quantos ossos ma