PÓS-PRODUÇÃO >> Eduardo Loureiro Jr.
Ainda bem que as eleições de 2010 terminam hoje. A campanha eleitoral foi longe demais: invadiu o terreno sagrado de meus sonhos. Eu, que já tive o privilégio de sonhar namorando a Maitê Proença atrás das cortinas do belíssimo cinema São Luiz, recebi em minha cama, de ontem para hoje, os candidatos à presidência da república. Não conto o sonho inteiro para não aborrecer o leitor, invadindo também seu sacrossanto domingo. Permito-me apenas dizer que não dei mole para eles. Para o Serra, já desconsolado com a iminente derrota, ofereci uma frigideira gigante, dizendo: "Pula aqui que eu vou fritar você". Depois, caminhando na contramão da massa que vinha comemorar a vitória de Dilma, distribuí empurrões e palavrões para a multidão. Mas esta crônica não é sobre política, e sim sobre o que acontece depois. "Depois de quê?", perguntará o leitor. Depois de tudo. Depois das eleições, depois desta crônica, depois de "foram felizes para sempre", depois do disco,