O REI DA NOITE >> Zoraya Cesar
Detestava gatos. Nunca entendera como alguém pudesse ter esse bicho como de estimação. Brincava dizendo que só conhecia o de estimaCão. Mas – e tem sempre um “mas” - um dia ele conhece uma felina gata de duas patas, digo, pernas, e que pernas!, maravilhosa, loura (loura!, babava ele), enfim, perfeita, tanto mais que parecia muito a fim de conhecê-lo melhor. E vai aqui, volta dali, ela revela que adorava gatos; mais, que tinha um em casa, não à toa chamado Rei, e que jamais se envolveria com um homem que não gostasse de gatos. Ele gelou. Por muito pouco não confessara sua ojeriza e que tinha lá suas desconfianças contra homens que gostavam de gatos. Mas conteve-se a tempo, porque ela era mesmo sensacional e ele queria sair dos entretantos e chegar aos finalmentes . Cinicamente, desfiou uma série de elogios aos felinos e disse que adoraria conhecer o bichano. Caindo na conversa mole, ela o convidou para tomar alguma coisa em sua casa. Sim, exultou ele, vou tomar mesmo alguma coi