Vez em quando tira o pé, encolhe a perna. Especialmente em mergulhos, bom momento, acha, suaviza. Ela vem assim, sem avisos, chega chegando, fica. Não tem noção exata de como a relação dos dois vai terminar, confia que ela vá embora, sempre vai. O que é uma espécie de oásis, cama quente, perfumada, logo se esvai: serpenteando, uma fila imensa, longa, lenta, precisa interromper o interlúdio relax. Depois, como num passe de mágica (bem clichê), ela desaparece — causa-lhe asco a lentidão excessiva, especialmente quando interrompe momento tão bom. Entra num funil, uma espécie de túnel branco, caverna que o embrulha, como se lá no céu, se lá estivesse, mergulhasse na mais branca das nuvens; é fria, chega a doer. Às vezes se esquece de tudo, até dela, como agora, quando o rádio toca “Quando, quando, quando” (ó, querida, me diga quando, quando, quando). Aumenta o volume, desliga-se, ou tenta, inebriado ainda por um insistente perfume de Gelol. Lembra que se encontram no São João, t
sua dose diária de conversa fiada