Uma vez, quando criança, fui com meus pais a um restaurante que servia frutos do mar. Eu era pequena, então achava que fruto do mar era uma espécie de maçã marinha ou uma pera aquática. Enquanto esperávamos, notei que a cozinha era separada da área de servir por um vidro. Podia ver toda a movimentação e levei um susto quando vi um homem de avental branco erguer uma lagosta viva: - Mãe! - eu devo ter gritado e minha mãe deve ter pulado da cadeira - Aquele homem pegou a lagosta com um um pegador gigante de macarrão e a jogou na água quente! - Quieta menina! - teria dito minha mãe, sibilando entre dentes, alheia ao meu sofrimento - Tá todo mundo olhando! Hoje em dia, acho que minha fértil imaginação infantil deu cor a imagem - pegador gigante de macarrão? De qualquer forma, o bicho, pobre infeliz, ainda estava vivo quando foi parar na panela. E a imagem dele ficou impressa na minha mente. Em dois mil e treze, foi iniciada uma discussão acerca da ética em se ferver a lago
sua dose diária de conversa fiada