CONFUSÕES NATALINAS >> Clara Braga

Assim começava mais um dia. Ela acordava mais disposta, teve a oportunidade de dormir mais do que imaginava.

Sorriu, se espreguiçou e viu que, além de ter dormido mais, ainda tinha uns minutinhos para ler umas notícias e olhar suas redes sociais antes de levantar para tomar café.

Olhou, leu, riu, curtiu, compartilhou, enfim, fez o que tinha direito. Quando estava desligando o celular viu que tinha recebido uma mensagem de texto. Ao abrir se deparou com um recado do banco avisando que uma compra havia sido feita em seu cartão. Primeiro pensamento: lá vai esse povo tentar enganar a gente até por mensagem de texto, nesse golpe não caio!

Continuou sua rotina quando de repente lembrou que há mais ou menos um mês havia recebido uma mensagem semelhante e, quando olhou o extrato da conta o débito havia de fato sido feito e seu cartão estava clonado.

Na mesma hora foi consultar seu saldo e lá estava, a compra havia mesmo sido feita! Não era possível, duas vezes em tão pouco tempo, será que estão clonando por causa de compras online? Não podia ser, se não fosse seguro não teria tanta gente usando!

Bom, seja lá o que fosse teria que ligar no banco e, nas vésperas do natal, dizer que não identificava a compra, pedir seu dinheiro de volta, mandar bloquear o cartão e esperar chegar um novo!

Quando já estava indo, tentando olhar o lado positivo da situação e pensando que pelo menos o ladrão tinha bom gosto, pois havia feito uma compra que ela adoraria ter feito, recebeu uma mensagem do seu marido avisando que havia usado o cartão, foi só aí que ela - que eu me recuso a dizer que na verdade sou eu - novata nessa vida de casada, lembrou que não é a única que movimenta a conta e percebeu que por muito pouco não acabou bloqueando seu próprio presente de natal! Que tragédia seria! 

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