ENQUANTO O ASSUNTO NÃO VAI
>> Eduardo Loureiro Jr.
O assunto disse que ia ali.
— Ali onde? — eu quis saber.
— Por aí...
— Volta que horas?
— Tá pensando que é meu pai?!
— Sou seu escritor.
— Te vira.
— Que é isso, mano? Tem gente esperando por nós.
— Nessa época do ano? O pessoal trocou a internet pela praia, homem! Tá todo mundo de férias. Você deveria tirar umas férias também.
— Há os leitores fiéis. Eles sempre vêm aos domingos.
— Se forem fiéis mesmo, vão compreender. Quer ir comigo?
— Para onde?
— Por aí?
— Por aí onde?
— Você tem sempre que ir para algum lugar? Por aí, porra! Por aí, à toa.
— Tenho muito o que fazer. E tenho que escrever a crônica da semana. Não posso...
— Por que não pode?
— Ahn?
— Por que não pode?
— Por que não posso o quê?
— Por que não pode isso aí que você ia dizer?
— Mas você nem sabe o que eu ia dizer.
— Não importa. Por que não pode?
— Sei lá, não posso, não acho certo.
— Acha que vai ser punido, é?
— Punido por quem? Onde? Cadê?
— Você que me diz que chicote é esse que você está vendo, porque eu só estou vendo a praia que vou curtir.
— Ah, então você vai à praia...
— Quer vir junto?
— Aqui não tem praia, maluco. Estamos a mais de mil quilômetros da praia mais próxima.
— Você é tão limitado...
— Como é que você vai chegar lá? Aliás, que horas é que você vai voltar? Você não vai voltar, né?
— Relaxa, cara.
— Mas o que é que eu vou dizer?
— Não precisa dizer nada. Você não gosta do silêncio? Fica calado, ora!
— Você só sai daqui depois que eu escrever a crônica.
— Sai pra lá, capitão. Tô fora, tô indo. E desliga essa música instrumental aí. Isso só atrapalha sua escrita. Bota um reggae, man. Relaxa, curte, aproveita.
— Ei, volta aqui.
— Fui!
— Ali onde? — eu quis saber.
— Por aí...
— Volta que horas?
— Tá pensando que é meu pai?!
— Sou seu escritor.
— Te vira.
— Que é isso, mano? Tem gente esperando por nós.
— Nessa época do ano? O pessoal trocou a internet pela praia, homem! Tá todo mundo de férias. Você deveria tirar umas férias também.
— Há os leitores fiéis. Eles sempre vêm aos domingos.
— Se forem fiéis mesmo, vão compreender. Quer ir comigo?
— Para onde?
— Por aí?
— Por aí onde?
— Você tem sempre que ir para algum lugar? Por aí, porra! Por aí, à toa.
— Tenho muito o que fazer. E tenho que escrever a crônica da semana. Não posso...
— Por que não pode?
— Ahn?
— Por que não pode?
— Por que não posso o quê?
— Por que não pode isso aí que você ia dizer?
— Mas você nem sabe o que eu ia dizer.
— Não importa. Por que não pode?
— Sei lá, não posso, não acho certo.
— Acha que vai ser punido, é?
— Punido por quem? Onde? Cadê?
— Você que me diz que chicote é esse que você está vendo, porque eu só estou vendo a praia que vou curtir.
— Ah, então você vai à praia...
— Quer vir junto?
— Aqui não tem praia, maluco. Estamos a mais de mil quilômetros da praia mais próxima.
— Você é tão limitado...
— Como é que você vai chegar lá? Aliás, que horas é que você vai voltar? Você não vai voltar, né?
— Relaxa, cara.
— Mas o que é que eu vou dizer?
— Não precisa dizer nada. Você não gosta do silêncio? Fica calado, ora!
— Você só sai daqui depois que eu escrever a crônica.
— Sai pra lá, capitão. Tô fora, tô indo. E desliga essa música instrumental aí. Isso só atrapalha sua escrita. Bota um reggae, man. Relaxa, curte, aproveita.
— Ei, volta aqui.
— Fui!
Comentários
Bjs!
É, Albir, também tenho minhas manhas. :)
Bondade sua, Fernanda. Bondade sua. Adoro meus amigos exagerados. :)
Pois é, Marilza, dei uma enrolada no Assunto pra você não ficar sem crônica. :)
Mesmo com total falta de assunto, soube ministrar com maestria a arte da escrita.
Parabéns!!
Quando puder, visite o meu blog, de crônicas, poesias, haicais e outras coisas mais...
http://oliveirabicudo.blogspot.com/