EX-DESCONHECIDOS >> Eduardo Loureiro Jr.
A amizade é feito uma esquina de clube de esquina: não parece haver nada especial naquele simples encontro de duas ruas, mas dali surgem palavras, sorrisos, abraços e canções que ficarão guardados na lembrança, preservados no tempo.
Há vários tipos de amigos. Os amigos-irmãos, que bem poderiam ter nascido filhos de nossa própria mãe, com os quais crescemos, brincamos, brigamos, nos reconciliamos, seguimos. Os amigos-colegas, que dividem conosco o tempo de certas atividades de estudo, trabalho ou lazer. Os amigos-cometas, que somem de nossas vidas mas reaparecem de tempos em tempos, sempre com o mesmo brilho, e tamanho é o encanto e a afinidade que parece que estiveram sempre por perto. Os amigos-ocultos, mas não aqueles de festa de Natal, e sim aqueles outros que, principalmente na infância e na adolescência, nos auxiliam sem que nós, em nosso egocentrismo juvenil, percebamos ou reconheçamos imediatamente. Existem muitos tipos de amigos, todos queridíssimos e indispensáveis, mas hoje quero falar de um tipo diferente de amigo, que existe desde sempre, mas que se tornou mais perceptível no tempo das cartas e agora é bem mais comum no tempo da internet: o amigo-desconhecido.
Amigo-desconhecido é aquele que a gente conhece mas não conhece. A gente sabe seu hobby, mas não conhece seu hálito; sabe suas qualidades e defeitos, mas não conhece seu cheiro; sabe seus sonhos, mas não conhece seu corpo. Amigos que a gente conhece em sites, blogs, chats, listas de discussão, mas ainda não conhece na temperatura do abraço. E talvez nunca conheça.
Essa semana, esse Natal, eu recebi o grande presente de conhecer pessoalmente quatro de meus amigos-desconhecidos. É, alegria pouca é bobagem quando a gente passeia por Belos Horizontes.
A Paula, eu conheço há mais tempo, desde 2001, quando ela começou a escrever para o Crônica do Dia. Como, além do interesse por literatura, também temos interesse por música, trocamos muitos e longos e-mails. E cheguei a ouvir sua voz, cantada e falada, algumas vezes. Paula parou de escrever para o Crônica do Dia, mas nosso encontro estava amadurecendo, em parte devido às viagens recentes dela para lançamento de seus livros, uma série de sucesso, Fazendo meu filme, mas mesmo quando ela passou por Brasília, não pude ir pois estava eu mesmo viajando. Vocês podem conferir algumas crônicas da Paula aqui.
O Felipe, eu conheci por indicação de uma leitora. Após ler minha crônica Vozes, que fala do sotaque mineiro, Cristiane me indicou uma outra crônica sobre o mesmo assunto, do Felipe Peixoto Braga Netto, chamada Sotaque mineiro: é ilegal, imoral ou engorda? Foi paixão à primeira leitura e, como estava aberta uma vaguinha no Crônica do Dia, convidei o Felipe para ser cronista fixo. Para aceitar, ele impôs a condição de sair quando desse na telha, sem maiores explicações. Infelizmente, deu na telha foi cedo, mas ficou um saldo de excelentes crônicas do Felipe.
(Preciso dizer que ainda tenho esperança de ter a Paula e o Felipe de volta ao time de escritores do Crônica do Dia.)
A Fernanda é a prova de que o Felipe é gente boa, como todos os Felipes que conheço. Aliás, se algum de vocês conhecer algum Felipe que não presta, por favor não me fale para eu não sair dessa minha doce ilusão felipiana. Pois quando o bom Felipe saiu, indicou o nome da Fernanda, que eu só conhecia de alguns comentários, como leitora, feitos no site. Fui conferir o blog da moça e aceitei a indicação do Felipe. Fernanda aceitou o convite e quem lê as crônicas dela às quintas-feiras sabe que a moça é uma delícia de escritora, e de pessoa, que eu fiz questão de chamar para me auxiliar numa surpresinha que conto para vocês ano que vem.
Acontece que Paula, Felipe e Fernanda são de Minas Gerais. O Felipe, que não nasceu aqui, onde escrevo esta crônica, tanto fez, tanto elogiou Minas Gerais, que já conseguiu o honroso título de Cidadão Honorário de Belo Horizonte.
Quando vim para a capital de Minas Gerais, no domingo passado, para passar o período natalino com a família de minha esposa, uma mineira, naturalmente, escrevi para meus três amigos desconhecidos propondo um encontro. Claro que eu já estava preparado para uma negativa, pois três pessoas dessa categoria deveriam estar com a agenda lotada, cheios de confraternizações para comparecer. Para minha feliz surpresa, os três atenderam ao chamado e nos encontramos terça-feira num lugar chamado Café com Letras, nome, aliás, bem apropriado ao encontro.
Cheguei primeiro, com minha esposa, e ficamos aguardando uma mesa vagar. Fernanda chegou logo depois. Paula, um pouco mais tarde, junto com a mesa vaga. E Felipe quando já estávamos sentados, conversando e quebrando copos. Quem já passou pela experiência de conhecer pessoalmente alguém com quem já conviveu virtualmente por um tempo razoável, não precisa que eu descreva a minha emoção. E não adianta eu descrever a minha emoção para quem nunca passou pela experiência.
Tudo bem, tudo bem, vou falar... É como ver um filme em 3D, sem aqueles incômodos e ainda ineficientes óculos artificiais. As palavras, o rosto, a voz, que eram apenas arquivos de computador, ganham vida e se transformam numa pessoa. É como se todo o conhecimento prévio fosse uma gestação, quando conhecemos o bebê apenas por sons e imagens de ultrassonografia. A diferença é que o "bebê", o amigo desconhecido já nasce com... bom, não vou revelar a idade de ninguém. O leitor que adivinhe, pela foto, a idade de cada um. Que foi, aliás, o que fizemos nós, de brincadeira, entre tantos assuntos: literatura, música, cinema.
Segundo o relógio, passamos umas três horas conversando. Mas o relógio deve ter bebido demais e perdido a noção do tempo, pois eu juro que não se passaram mais de trinta ou quarenta minutos. O encanto se desfez por volta da meia-noite, e este escritor cinderelo voltou para a casa da sogra ainda sob o efeito onírico do condão de alguma fada-madrinha, alguma amiga-oculta, que proporcionou esse encontro.
O leitor atento há de perguntar: "Mas não eram quatro amigos-desconhecidos?" Sim, inescapável leitor, eram quatro. O quarto, que melhor seria chamar de primeiro, já que o conheci antes, um dia antes, chama-se Mário.
— Que Mário? — pergunta o leitor.
E eu respondo:
— Aquele que eu conheci no dia de seu aniversário.
Meu contato com Mário, via internet, veio quando comecei a me interessar por jogos de tabuleiro, que passei a importar da Alemanha. Mário, que criava seus próprios jogos, e fazia versões artesanais, belíssimas, de jogos existentes, tornou-se um de meus mais frequentes correspondentes. Episódio marcante em nossa amizade foi quando enviei o protótipo de um de seus jogos para participar de um concurso na Alemanha. Preparei todo o material com a maior dedicação, como se o jogo fosse meu, e varei a noite para garantir que o pacote atravessaria o Atlântico a tempo. O tempo passou, deixei um pouco de lado o hobby dos jogos de tabuleiro e praticamente perdi contato com meu amigo-desconhecido. Poucos dias antes de chegar em Belo Horizonte, escrevi para o Mário propondo um encontro. Ele me convidou para uma rodada de jogos na sua casa, na companhia de todo o grupo de jogadores, o Clube do Um. Quando cheguei lá, após um caloroso e animado abraço, o Mário falou que era o dia de seu aniversário, e que eu era o presente. Eu ainda não havia sido um presente, pelo menos não tão descaradamente, e gostei bastante da experiência: como presente, bebi deliciosa água com gás, comi pão de queijo e joguei alguns divertidos jogos de tabuleiro. Aproveitei tão bem o encontro que esqueci até de tirar uma fotografia.
E assim meus amigos mineiros deixaram de ser amigos-desconhecidos e passaram a ser amigos do peito do abraço, do olho da vista, do nariz do cheiro. E eu, que já acho um milagre o aniversariante do Natal renascer a cada ano, participei do milagre não menos impressionante de ver nascer esses bebês já crescidos: Mário, Paula, Felipe e Fernanda.
Grato a vocês, meus amigos, por serem esquina comigo nessas ruas da vida. A gente se encontra na próxima passagem de cometa.
Há vários tipos de amigos. Os amigos-irmãos, que bem poderiam ter nascido filhos de nossa própria mãe, com os quais crescemos, brincamos, brigamos, nos reconciliamos, seguimos. Os amigos-colegas, que dividem conosco o tempo de certas atividades de estudo, trabalho ou lazer. Os amigos-cometas, que somem de nossas vidas mas reaparecem de tempos em tempos, sempre com o mesmo brilho, e tamanho é o encanto e a afinidade que parece que estiveram sempre por perto. Os amigos-ocultos, mas não aqueles de festa de Natal, e sim aqueles outros que, principalmente na infância e na adolescência, nos auxiliam sem que nós, em nosso egocentrismo juvenil, percebamos ou reconheçamos imediatamente. Existem muitos tipos de amigos, todos queridíssimos e indispensáveis, mas hoje quero falar de um tipo diferente de amigo, que existe desde sempre, mas que se tornou mais perceptível no tempo das cartas e agora é bem mais comum no tempo da internet: o amigo-desconhecido.
Amigo-desconhecido é aquele que a gente conhece mas não conhece. A gente sabe seu hobby, mas não conhece seu hálito; sabe suas qualidades e defeitos, mas não conhece seu cheiro; sabe seus sonhos, mas não conhece seu corpo. Amigos que a gente conhece em sites, blogs, chats, listas de discussão, mas ainda não conhece na temperatura do abraço. E talvez nunca conheça.
Essa semana, esse Natal, eu recebi o grande presente de conhecer pessoalmente quatro de meus amigos-desconhecidos. É, alegria pouca é bobagem quando a gente passeia por Belos Horizontes.
A Paula, eu conheço há mais tempo, desde 2001, quando ela começou a escrever para o Crônica do Dia. Como, além do interesse por literatura, também temos interesse por música, trocamos muitos e longos e-mails. E cheguei a ouvir sua voz, cantada e falada, algumas vezes. Paula parou de escrever para o Crônica do Dia, mas nosso encontro estava amadurecendo, em parte devido às viagens recentes dela para lançamento de seus livros, uma série de sucesso, Fazendo meu filme, mas mesmo quando ela passou por Brasília, não pude ir pois estava eu mesmo viajando. Vocês podem conferir algumas crônicas da Paula aqui.
O Felipe, eu conheci por indicação de uma leitora. Após ler minha crônica Vozes, que fala do sotaque mineiro, Cristiane me indicou uma outra crônica sobre o mesmo assunto, do Felipe Peixoto Braga Netto, chamada Sotaque mineiro: é ilegal, imoral ou engorda? Foi paixão à primeira leitura e, como estava aberta uma vaguinha no Crônica do Dia, convidei o Felipe para ser cronista fixo. Para aceitar, ele impôs a condição de sair quando desse na telha, sem maiores explicações. Infelizmente, deu na telha foi cedo, mas ficou um saldo de excelentes crônicas do Felipe.
(Preciso dizer que ainda tenho esperança de ter a Paula e o Felipe de volta ao time de escritores do Crônica do Dia.)
A Fernanda é a prova de que o Felipe é gente boa, como todos os Felipes que conheço. Aliás, se algum de vocês conhecer algum Felipe que não presta, por favor não me fale para eu não sair dessa minha doce ilusão felipiana. Pois quando o bom Felipe saiu, indicou o nome da Fernanda, que eu só conhecia de alguns comentários, como leitora, feitos no site. Fui conferir o blog da moça e aceitei a indicação do Felipe. Fernanda aceitou o convite e quem lê as crônicas dela às quintas-feiras sabe que a moça é uma delícia de escritora, e de pessoa, que eu fiz questão de chamar para me auxiliar numa surpresinha que conto para vocês ano que vem.
Acontece que Paula, Felipe e Fernanda são de Minas Gerais. O Felipe, que não nasceu aqui, onde escrevo esta crônica, tanto fez, tanto elogiou Minas Gerais, que já conseguiu o honroso título de Cidadão Honorário de Belo Horizonte.
Quando vim para a capital de Minas Gerais, no domingo passado, para passar o período natalino com a família de minha esposa, uma mineira, naturalmente, escrevi para meus três amigos desconhecidos propondo um encontro. Claro que eu já estava preparado para uma negativa, pois três pessoas dessa categoria deveriam estar com a agenda lotada, cheios de confraternizações para comparecer. Para minha feliz surpresa, os três atenderam ao chamado e nos encontramos terça-feira num lugar chamado Café com Letras, nome, aliás, bem apropriado ao encontro.
Cheguei primeiro, com minha esposa, e ficamos aguardando uma mesa vagar. Fernanda chegou logo depois. Paula, um pouco mais tarde, junto com a mesa vaga. E Felipe quando já estávamos sentados, conversando e quebrando copos. Quem já passou pela experiência de conhecer pessoalmente alguém com quem já conviveu virtualmente por um tempo razoável, não precisa que eu descreva a minha emoção. E não adianta eu descrever a minha emoção para quem nunca passou pela experiência.
Tudo bem, tudo bem, vou falar... É como ver um filme em 3D, sem aqueles incômodos e ainda ineficientes óculos artificiais. As palavras, o rosto, a voz, que eram apenas arquivos de computador, ganham vida e se transformam numa pessoa. É como se todo o conhecimento prévio fosse uma gestação, quando conhecemos o bebê apenas por sons e imagens de ultrassonografia. A diferença é que o "bebê", o amigo desconhecido já nasce com... bom, não vou revelar a idade de ninguém. O leitor que adivinhe, pela foto, a idade de cada um. Que foi, aliás, o que fizemos nós, de brincadeira, entre tantos assuntos: literatura, música, cinema.
Paula, Fernanda, Felipe, Yanne, Eduardo e Alba
Segundo o relógio, passamos umas três horas conversando. Mas o relógio deve ter bebido demais e perdido a noção do tempo, pois eu juro que não se passaram mais de trinta ou quarenta minutos. O encanto se desfez por volta da meia-noite, e este escritor cinderelo voltou para a casa da sogra ainda sob o efeito onírico do condão de alguma fada-madrinha, alguma amiga-oculta, que proporcionou esse encontro.
O leitor atento há de perguntar: "Mas não eram quatro amigos-desconhecidos?" Sim, inescapável leitor, eram quatro. O quarto, que melhor seria chamar de primeiro, já que o conheci antes, um dia antes, chama-se Mário.
— Que Mário? — pergunta o leitor.
E eu respondo:
— Aquele que eu conheci no dia de seu aniversário.
Meu contato com Mário, via internet, veio quando comecei a me interessar por jogos de tabuleiro, que passei a importar da Alemanha. Mário, que criava seus próprios jogos, e fazia versões artesanais, belíssimas, de jogos existentes, tornou-se um de meus mais frequentes correspondentes. Episódio marcante em nossa amizade foi quando enviei o protótipo de um de seus jogos para participar de um concurso na Alemanha. Preparei todo o material com a maior dedicação, como se o jogo fosse meu, e varei a noite para garantir que o pacote atravessaria o Atlântico a tempo. O tempo passou, deixei um pouco de lado o hobby dos jogos de tabuleiro e praticamente perdi contato com meu amigo-desconhecido. Poucos dias antes de chegar em Belo Horizonte, escrevi para o Mário propondo um encontro. Ele me convidou para uma rodada de jogos na sua casa, na companhia de todo o grupo de jogadores, o Clube do Um. Quando cheguei lá, após um caloroso e animado abraço, o Mário falou que era o dia de seu aniversário, e que eu era o presente. Eu ainda não havia sido um presente, pelo menos não tão descaradamente, e gostei bastante da experiência: como presente, bebi deliciosa água com gás, comi pão de queijo e joguei alguns divertidos jogos de tabuleiro. Aproveitei tão bem o encontro que esqueci até de tirar uma fotografia.
E assim meus amigos mineiros deixaram de ser amigos-desconhecidos e passaram a ser amigos do peito do abraço, do olho da vista, do nariz do cheiro. E eu, que já acho um milagre o aniversariante do Natal renascer a cada ano, participei do milagre não menos impressionante de ver nascer esses bebês já crescidos: Mário, Paula, Felipe e Fernanda.
Grato a vocês, meus amigos, por serem esquina comigo nessas ruas da vida. A gente se encontra na próxima passagem de cometa.
Comentários
Sabendo que a Alba é daqui, não preciso nem dizer para voltarem, né? E nos avise sempre que vierem.
Tive sorte, hein, mal entrei para o Crônica do Dia e já conheço o pai do blog. Adorei! Paula é um doce (apesar de chamar Pimenta...rs) e Felipe, aquela figura que estava esperando se encontrar com um barbado, vindo de São Paulo...rs.
Foi incrível, vocês são incríveis e eu nem sei se mereço fazer parte desse grupo. Mas já que aqui estou, só me resta agradecer a você e ao Felipe, pois começar a escrever aqui foi uma das coisas mais legais de 2010.
Enfim, falo demais. E isso você já deve ter percebido, agora que me conhece pessoalmente...rs
Feliz ano novo e boa continuação de férias!
Beijos!
Espero que possamos repetir mais vezes em 2011!
Aliás, isso de uma mesma situação ser narrada por pessoas distintas é interessantíssimo, não é verdade? Há muitas obras literárias baseadas nesse jogo. Pra ficar na crônica, isso aconteceu, naturalmente e sem combinação, uma pelada de praia, ocorrida em 45. Copabana x Ipanema (acho que é isso). Resultou em várias crônicas. A melhor é a de Rubem Braga (eu sou sempre suspeito, mas a opinião não é só minha, é de Ruy Castro, entre outros). Olha só a turma que participou do jogo na praia: Rubem Braga, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos, Di Cavalcanti, Vinicius, Augusto Frederico Schmidt, Orígenes Lessa, Aníbal Machado e outros. Drummond disse que ia e não foi.
Estou, pra variar, fugindo do assunto.
Parabéns ao Eduardo, sempre tão aglutinador e carinhoso com os amigos. A Fernanda, minha escritora predileta, e a Paula, recém e já querida amiga.
Abraços e beijos, gente, valeu.
Felipe Peixoto Braga Netto
Mais uma bela crônica, como outras que, sempre que possível, acompanho. E há mais de ano.
Muito legal saber de sua admiração pelo sotaque mineiro, inclusive conhecer o autor de "Sotaque mineiro: é ilegal, imoral ou engroda?" Crônica que já havia lido outrora em site sem citação autoral.
Também tenho essa paixão pelo sotaque mineiro (mais diretamente às mineiras..rs), e resolvi externar em crônica, que apresento aqui à você. http://lealbrunno.blogspot.com/2010/11/os-encantos-de-uma-mineira.html
Acredito que, forma diferente, os três textos queiram passar a mesma ideia.
Grande abraço!
abraços,
Humpf.
Mário, o Mário.