SÍNDROME EMOCIONAL [Debora Bottcher]
Não consigo evitar: todo começo de ano uma melancolia me assola. Começa logo no segundo dia: tenho pesadelos durante a noite e, pela manhã, penso que não vou conseguir me levantar da cama.
Não é tristeza, é um estranho inexplicável. Como se esse desconhecido que se apresenta - o Ano Novo -, que detém o destino à espreita, sob seu comando, fosse 'alguém' que oferecesse perigo iminente. Assim, um medo me invade e está decretado o desconforto, que sela os dias seguintes com um quase desespero, e me vejo à deriva num oceano de emoções turbulentas.
Esse costuma ser um processo solitário - como falar disso com alguém? Sendo algo recorrente, quem compreenderia sem julgar-me à beira de um colapso de loucura? E, afinal, quem poderia me afagar o sobressalto e garantir alguma paz?
Acontece que essa semana, com os 'nervos' menos aflorados, pensei se essa sensação seria exclusivamente minha. E ocorreu-me: "E se um monte de gente se sente assim e não compartilha, pelas mesmas razões que eu?"
Por isso hoje me exponho, escancarando esse sentimento que é quase uma dor, de tão latente e angustiante. E talvez porque, no oitavo dia, já seja possível falar sobre isso sem constragimento, uma vez que o incômodo é mais ameno e posso dizer que, afinal, não aconteceu nada de mais até aqui: não há tragédias, inconvenientes, nada que possa, de fato, ameaçar a tranquilidade - interna ou externa.
Ou seja, os dias transcorrem normalmente - e também, numa análise menos superficial, divago que, talvez, essa possa ser uma das razões da melancolia. A gente cria expectativas nessa época e como a vida segue, sem interrupção, alheia ao calendário, seu curso cotidiano, ficamos assim, meio reféns da normalidade.
Bom é que passa - a rotina se instala, o trabalho recomeça, as providências diárias minimizam conturbações sentimentais. E na Quarta-feira de Cinzas essa 'síndrome' volta a me habitar. Mas para a ocorrência desse 'evento' nessa data, nem consigo formular uma especulação...
Não é tristeza, é um estranho inexplicável. Como se esse desconhecido que se apresenta - o Ano Novo -, que detém o destino à espreita, sob seu comando, fosse 'alguém' que oferecesse perigo iminente. Assim, um medo me invade e está decretado o desconforto, que sela os dias seguintes com um quase desespero, e me vejo à deriva num oceano de emoções turbulentas.
Esse costuma ser um processo solitário - como falar disso com alguém? Sendo algo recorrente, quem compreenderia sem julgar-me à beira de um colapso de loucura? E, afinal, quem poderia me afagar o sobressalto e garantir alguma paz?
Acontece que essa semana, com os 'nervos' menos aflorados, pensei se essa sensação seria exclusivamente minha. E ocorreu-me: "E se um monte de gente se sente assim e não compartilha, pelas mesmas razões que eu?"
Por isso hoje me exponho, escancarando esse sentimento que é quase uma dor, de tão latente e angustiante. E talvez porque, no oitavo dia, já seja possível falar sobre isso sem constragimento, uma vez que o incômodo é mais ameno e posso dizer que, afinal, não aconteceu nada de mais até aqui: não há tragédias, inconvenientes, nada que possa, de fato, ameaçar a tranquilidade - interna ou externa.
Ou seja, os dias transcorrem normalmente - e também, numa análise menos superficial, divago que, talvez, essa possa ser uma das razões da melancolia. A gente cria expectativas nessa época e como a vida segue, sem interrupção, alheia ao calendário, seu curso cotidiano, ficamos assim, meio reféns da normalidade.
Bom é que passa - a rotina se instala, o trabalho recomeça, as providências diárias minimizam conturbações sentimentais. E na Quarta-feira de Cinzas essa 'síndrome' volta a me habitar. Mas para a ocorrência desse 'evento' nessa data, nem consigo formular uma especulação...
Comentários
Abs
Seguindo!
Abraços!
http://vivereler.blogspot.com/