COURO DE LOBISOMEM >> André Ferrer
Quando surgiu no cenário internacional, Lula causou certo movimento na imprensa. Trataram-no mesmo como uma versão tropical do Lech Wałęsa. Um prato cheio para a eterna campanha política do PT no Brasil. Hoje em dia, está claro que foi mais pelo exotismo da figura do ex-presidente do que pelo seu conteúdo. Quem vai às fontes originais, na imprensa internacional, e sabe filtrar as mentiras e distorções incorporadas às notícias vindas de fora, está consciente de que se tratou de uma chuva de verão.
Recentemente, Lula foi a Portugal, onde declarou que o Poder Judiciário brasileiro conduziu o julgamento do Mensalão de forma duvidosa. “O tempo vai se encarregar de provar que no mensalão você teve praticamente 80% de decisão política e 20% de decisão jurídica” disse à emissora de TV RTP.
Algumas semanas depois, no mesmo programa e no mesmo canal, Ney Matogrosso criticou o governo brasileiro e, principalmente, os caminhos escolhidos para o tão propalado combate à pobreza.
Na opinião dele (que, hoje em dia, não é uma exclusividade da direita), os programas sociais do PT poderiam atender por outros nomes. Para Ney (e para muitos brasileiros), o Bolsa Família é uma política de troca de favores e, jamais, uma relação cidadã envolvendo direitos e deveres.
As declarações do cantor em Portugal incomodam porque têm peso. Trata-se de um artista respeitado na América Latina e em todos os países lusófonos. Tem uma carreira respeitável e legítima, baseada na sua voz, na sua presença de palco, no seu grande talento interpretativo. Neste caso, é um discurso verdadeiro feito por um mestre da encenação. No caso de Lula, a interminável e mal-ajambrada encenação de um político profissional. Aliás, o tipo de encenador sem talento algum, que interpreta os piores roteiros escritos pelo pessoal do marketing partidário.
Nessa linha de raciocínio, Ney Matogrosso é de longe mais confiável e seria ótimo que as personalidades do nosso país tomassem os seus devidos lugares como formadores de opinião. De maneira responsável e verdadeira, é claro, como fez o cantor. Nos palcos do meio artístico e nas bancadas do telejornalismo, fala-se muito dessa responsabilidade, porém o que mais se vê e o que mais se escuta é pura hipocrisia.
Quanto ao Bolsa Família, programa criticado pelo cantor na entrevista à emissora portuguesa, a obrigatoriedade de manter filhos na escola depende de fiscalização. Há fiscalização? Há muitos direitos e poucos deveres nesse caminho duvidoso para a erradicação da pobreza que, da forma como existe, mais parece um eficiente sistema de compra de votos. Uma ilegalidade disfarçada de programa social.
Recentemente, Lula foi a Portugal, onde declarou que o Poder Judiciário brasileiro conduziu o julgamento do Mensalão de forma duvidosa. “O tempo vai se encarregar de provar que no mensalão você teve praticamente 80% de decisão política e 20% de decisão jurídica” disse à emissora de TV RTP.
Algumas semanas depois, no mesmo programa e no mesmo canal, Ney Matogrosso criticou o governo brasileiro e, principalmente, os caminhos escolhidos para o tão propalado combate à pobreza.
Na opinião dele (que, hoje em dia, não é uma exclusividade da direita), os programas sociais do PT poderiam atender por outros nomes. Para Ney (e para muitos brasileiros), o Bolsa Família é uma política de troca de favores e, jamais, uma relação cidadã envolvendo direitos e deveres.
As declarações do cantor em Portugal incomodam porque têm peso. Trata-se de um artista respeitado na América Latina e em todos os países lusófonos. Tem uma carreira respeitável e legítima, baseada na sua voz, na sua presença de palco, no seu grande talento interpretativo. Neste caso, é um discurso verdadeiro feito por um mestre da encenação. No caso de Lula, a interminável e mal-ajambrada encenação de um político profissional. Aliás, o tipo de encenador sem talento algum, que interpreta os piores roteiros escritos pelo pessoal do marketing partidário.
Nessa linha de raciocínio, Ney Matogrosso é de longe mais confiável e seria ótimo que as personalidades do nosso país tomassem os seus devidos lugares como formadores de opinião. De maneira responsável e verdadeira, é claro, como fez o cantor. Nos palcos do meio artístico e nas bancadas do telejornalismo, fala-se muito dessa responsabilidade, porém o que mais se vê e o que mais se escuta é pura hipocrisia.
Quanto ao Bolsa Família, programa criticado pelo cantor na entrevista à emissora portuguesa, a obrigatoriedade de manter filhos na escola depende de fiscalização. Há fiscalização? Há muitos direitos e poucos deveres nesse caminho duvidoso para a erradicação da pobreza que, da forma como existe, mais parece um eficiente sistema de compra de votos. Uma ilegalidade disfarçada de programa social.
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