CONURBAÇÕES E PREOCUPAÇÕES
[Heloisa Reis]
Morar perto de áreas mais verdes, escutar um pouco de silêncio, ver alguns pássaros mais frequentemente era um sonho que a vida me fez realizar, e que me traz um agudo sentido de gratidão todos os dias ao chegar e sair de casa.
A sensação de opressão das ruas com o excesso de movimento, e a de insegurança gerada pelas notícias diárias parece que se desvanecem na “ilha condomínio” onde muitos de nós moramos.
Ilusória imagem!
As cidades que percorro todos os dias estão crescendo - conurbando-se, como se diz em Geografia - encontrando-se e interpenetrando-se, gerando mil problemas administrativos que um município diz ser prioridade do outro cuidar.
Mas quem mora num município muitas vezes trabalha em outro e, provavelmente, faz suas compras e diverte-se em outro. Assim, vivemos uma vida agitada, correndo de um lugar a outro, enchendo as estradas de movimento - e de problemas...
No entanto, a cidade sadia é fruto do trabalho de toda a sociedade, de sua história e das relações de integração entre as necessidades humanas e o meio ambiente. Sua existência gira em torno de sua organização, produção de bens e trocas materiais e culturais integrando na sua paisagem a diversidade que a vida urbana proporciona. Precisamos de calçadas limpas e espaços públicos cuidados.
Nossas reais necessidades são muito diferentes da propaganda do lançamento imobiliário que diz: “Venha viver com liberdade em condomínio fechado!”
A formação das metrópoles e megalópoles é um fenômeno mundial e tem apresentado o desafio de se criar uma gestão mais democrática desses espaços que possa oferecer qualidade de vida dentro do tão celebrado e pouco aplicado conceito de sustentabilidade ambiental e das fundamentais necessidades humanas de trabalho, lazer e cultura.
Precisamos sentir que pertencemos aos lugares por onde andamos, que podemos trocar experiências de vida no nosso cotidiano, precisamos crer em ações mitigadoras da violência que não apenas camuflem a desordem e realmente incentivem os nossos melhores sentimentos em relação ao nosso vizinho.
Enfrentar os absurdos do dia a dia, frutos do des-planejamento que vivemos, exige de nossa parte a coragem de mudar paradigmas e de buscar a realização de algumas propostas de aproveitamento de todos os potenciais criativos do viver coletivo nas cidades. Basta pesquisar um pouco, que encontramos experiências com históricos de conquistas positivas em direção a sustentabilidade ambiental e cultural com forte ênfase na qualidade de vida e até na mitigação dos problemas que hoje vemos decorrentes das mudanças climáticas.
São Paulo, a metrópole - quase megalópole - enfrenta este desafio já que, sendo uma das maiores regiões metropolitanas do planeta, apresenta-se atrasada e defasada no seu conceito e estratégia.
Mas eu sei que a solução existe - e sei que você também sabe.
A sensação de opressão das ruas com o excesso de movimento, e a de insegurança gerada pelas notícias diárias parece que se desvanecem na “ilha condomínio” onde muitos de nós moramos.
Ilusória imagem!
As cidades que percorro todos os dias estão crescendo - conurbando-se, como se diz em Geografia - encontrando-se e interpenetrando-se, gerando mil problemas administrativos que um município diz ser prioridade do outro cuidar.
Mas quem mora num município muitas vezes trabalha em outro e, provavelmente, faz suas compras e diverte-se em outro. Assim, vivemos uma vida agitada, correndo de um lugar a outro, enchendo as estradas de movimento - e de problemas...
No entanto, a cidade sadia é fruto do trabalho de toda a sociedade, de sua história e das relações de integração entre as necessidades humanas e o meio ambiente. Sua existência gira em torno de sua organização, produção de bens e trocas materiais e culturais integrando na sua paisagem a diversidade que a vida urbana proporciona. Precisamos de calçadas limpas e espaços públicos cuidados.
Nossas reais necessidades são muito diferentes da propaganda do lançamento imobiliário que diz: “Venha viver com liberdade em condomínio fechado!”
A formação das metrópoles e megalópoles é um fenômeno mundial e tem apresentado o desafio de se criar uma gestão mais democrática desses espaços que possa oferecer qualidade de vida dentro do tão celebrado e pouco aplicado conceito de sustentabilidade ambiental e das fundamentais necessidades humanas de trabalho, lazer e cultura.
Precisamos sentir que pertencemos aos lugares por onde andamos, que podemos trocar experiências de vida no nosso cotidiano, precisamos crer em ações mitigadoras da violência que não apenas camuflem a desordem e realmente incentivem os nossos melhores sentimentos em relação ao nosso vizinho.
Enfrentar os absurdos do dia a dia, frutos do des-planejamento que vivemos, exige de nossa parte a coragem de mudar paradigmas e de buscar a realização de algumas propostas de aproveitamento de todos os potenciais criativos do viver coletivo nas cidades. Basta pesquisar um pouco, que encontramos experiências com históricos de conquistas positivas em direção a sustentabilidade ambiental e cultural com forte ênfase na qualidade de vida e até na mitigação dos problemas que hoje vemos decorrentes das mudanças climáticas.
São Paulo, a metrópole - quase megalópole - enfrenta este desafio já que, sendo uma das maiores regiões metropolitanas do planeta, apresenta-se atrasada e defasada no seu conceito e estratégia.
Mas eu sei que a solução existe - e sei que você também sabe.
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