ABRIO, ABRIU, ABRIL >> Eduardo Loureiro Jr.
O dia de hoje merecia um poema, e não uma crônica. Um poema que falasse das muitas coisas que se abrem em abril, como se o que despetalasse lá no norte caísse primaveril aqui no sul. Um poema que fizesse a gente entender por que o dia se abre à meianoite, que contasse que a Lua é mãe, o alvorecer é parto e o Sol é sucessor.
Um poema porque a poesia é pensamento no sentido do coração — faz sentido fazendo sentir: cheiro de suor de pai, aroma de lençol de mãe, pele pelúcia de mulher amando, gosto apimentado da palavra filha.
Poesia porque quando se tem muito a dizer — e poucas palavras — não é na frente que está a verdade: é no verso.
Não foi estalo
de trinco de porta,
foi suspiro
de botão de flor.
Não foi tábua,
tranca, tramela,
foi perfume,
pétala, pudor.
AbriO, abriU, abriL.
Um poema porque a poesia é pensamento no sentido do coração — faz sentido fazendo sentir: cheiro de suor de pai, aroma de lençol de mãe, pele pelúcia de mulher amando, gosto apimentado da palavra filha.
Poesia porque quando se tem muito a dizer — e poucas palavras — não é na frente que está a verdade: é no verso.
Não foi estalo
de trinco de porta,
foi suspiro
de botão de flor.
Não foi tábua,
tranca, tramela,
foi perfume,
pétala, pudor.
AbriO, abriU, abriL.
Comentários
Então versemos, Albir.
Bjs
Ao contrário, um escritor que foge do comum sempre dá ao leitor novas interpretações a cada leitura.
E não escrever direito, está aí uma coisa que nem com muito esforço você conseguiria...:)
Bjs