PROCURA-SE >> Kika Coutinho
Com um bebê de 6 meses, estou prestes a voltar ao trabalho, mas, confesso, uma dorzinha no coração de deixar minha filhota em casa anda me consumindo por dentro. Por essa razão — e apenas por isso — comecei a pensar em achar alguma outra coisa, que me dê maior flexibilidade de horários, pague bem e me permita passar algum tempo útil em casa.
Hoje, no café da manhã, tive a brilhante idéia e compartilhei com meu marido:
— Amor, eu sei de uma vaga que tá precisando de gente!
— Qual?
— De técnico.
— Como? — ele me olha estranho.
— Ué, técnico da seleção.
— Acho que não entendi — ele permanece calado, o pão cansando dentro da boca, nem mastigava nem engolia.
— Amor, o Dunga não vai sair mesmo? Então, vão precisar de alguém, né? Você acha que pode ficar um pouco em casa? Deve poder, não? — ele não me responde mais. Mantem-se me olhando, calado, xícara na mão e pão na boca. Eu continuo:
— Deve levar um tempo até começar o trabalho, o que, pra mim, é ideal já que a Sofia ainda é pequeninha. — ele esboça uma tentativa de falar, mas eu, agora, não posso mais me conter e continuo. — Depois, tudo bem, deve precisar viajar um pouco, mas, olha que coisa boa, agora é que eu percebi, a próxima Copa é no Brasil, que sorte, nem preciso ir pra longe! Dá pra levar a Sofia, você... E ela já vai ser grande mesmo, vai adorar. Antes da Copa tem outros campeonatos. Quais são, hein? Deve ser tudo por aqui por perto, não? — antes que ele me responda, tomo um susto. — Ai querido, mas será que pode mulher ser técnica? Hum, nunca vi... Mas, pera, eu acho que já vi homem sendo técnico de futebol feminino. Então o contrário também pode, claro né?
— Hum, é — ele responde, conseguindo engolir enfim o pedaço de pão. Levanto da mesa e ele grita: — Onde você vai?
— Pesquisar no Google onde é que me inscrevo! — respondo, empolgada.
— Mas, amor, só uma coisa... — ele quer falar, ai, como gosta de falar esse homem.
— O quê?
— É... O que você vai ensinar para os jogadores?
— Ué... A mesma coisa que o Dunga. Não?
Hoje, no café da manhã, tive a brilhante idéia e compartilhei com meu marido:
— Amor, eu sei de uma vaga que tá precisando de gente!
— Qual?
— De técnico.
— Como? — ele me olha estranho.
— Ué, técnico da seleção.
— Acho que não entendi — ele permanece calado, o pão cansando dentro da boca, nem mastigava nem engolia.
— Amor, o Dunga não vai sair mesmo? Então, vão precisar de alguém, né? Você acha que pode ficar um pouco em casa? Deve poder, não? — ele não me responde mais. Mantem-se me olhando, calado, xícara na mão e pão na boca. Eu continuo:
— Deve levar um tempo até começar o trabalho, o que, pra mim, é ideal já que a Sofia ainda é pequeninha. — ele esboça uma tentativa de falar, mas eu, agora, não posso mais me conter e continuo. — Depois, tudo bem, deve precisar viajar um pouco, mas, olha que coisa boa, agora é que eu percebi, a próxima Copa é no Brasil, que sorte, nem preciso ir pra longe! Dá pra levar a Sofia, você... E ela já vai ser grande mesmo, vai adorar. Antes da Copa tem outros campeonatos. Quais são, hein? Deve ser tudo por aqui por perto, não? — antes que ele me responda, tomo um susto. — Ai querido, mas será que pode mulher ser técnica? Hum, nunca vi... Mas, pera, eu acho que já vi homem sendo técnico de futebol feminino. Então o contrário também pode, claro né?
— Hum, é — ele responde, conseguindo engolir enfim o pedaço de pão. Levanto da mesa e ele grita: — Onde você vai?
— Pesquisar no Google onde é que me inscrevo! — respondo, empolgada.
— Mas, amor, só uma coisa... — ele quer falar, ai, como gosta de falar esse homem.
— O quê?
— É... O que você vai ensinar para os jogadores?
— Ué... A mesma coisa que o Dunga. Não?
Comentários
Bjos!
Eu sugiro mesmo que vc pare de trabalhar e fique com sua pequena até ela crescer muito. Fala pro Bruno que Maternidade é o maior trabalho do mundo! :) Beijo e saudade - nem conheço ainda essa sua mocinha, que vergonha!
Beijo,
Rô
http://www.familiamimi.blogspot.com/
Beijo querida!
Mari
se tem vaga pra todo mundo quero uma tambem e meu bebê nasce em dezembro então tambem vou precisar ficar algum tempo em casa... e posso ajudar com construção de identidade tambem, quem sabe em 2014 já saibam que são brasileiros!
Ps:Ótimo texto!
Adorei
Bora lá se inscrever rs...
bjos