UM ANO >> Fernanda Pinho
Sou uma pessoa completamente obcecada por datas. Por um lado, é excelente. Nunca me esqueço a data do aniversário de ninguém, o prazo para a entrega de um trabalho ou o dia de um compromisso. Sem falar que mencionar datas sempre dá credibilidade aos meus argumentos. "Mas eu não disse nada disso!". "Disse, sim! No dia 18 de março, à tarde, quando já tinha parado de chover". (Porque tem isso: se lembrar do dia em que as coisas aconteceram ou acontecerão é a chave para se lembrar de todo o resto). Obviamente, tem o lado ruim (que mania irritante que tudo tem, de ter dois lados!). Essa memória doentia para datas não é seletiva, e as informações desagradáveis também continuam intactas. Ou seja, em meio ao meu gigantesco acervo de memórias e datas tenho informações legais, tipo "hoje faz nove anos que eu tive meu primeiro dia de aula na faculdade e conheci amigos que mudaram minha vida"; e informações toscas, tipo "hoje faz sete anos que eu levei meu primeiro pé na bunda". Quer dizer, depois de tantos anos de vida, já posso dizer que praticamente todos os dias do ano eu tenho alguma coisa para lembrar. Um talento que me permite, inclusive, estabelecer algumas estatísticas. Sei, por exemplo, que os meses de maio não costumam me favorecer muito. Os de setembro, em compensação, são só alegria.
Aqui vale uma pergunta: vocês já estão me recriminando ou eu posso continuar? Porque outro dia eu estava dizendo essas coisas a um amigo e ele sugeriu, sutil como um elefante, que talvez eu devesse buscar ajuda psicológica. Por vias das dúvidas, vou mudar um pouco o assunto. Não vim mesmo para falar sobre minha calendariomania. Tudo isso era apenas uma introdução para contar que, segundo consta nos meus arquivos cerebrais, amanhã, dia 03 de junho, faço um ano de Crônica do Dia.
Foram 47 crônicas até aqui, falando um monte de besteiras. E por já saber que eu só falo besteira, eu tinha medo no início de ser xingada nos comentários ou de o Eduardo, o pai do blog, resolver me expulsar. Não sei se essas vontades existiram. Se existiram, não foram colocadas em prática. Pelo contrário. Li muito mais do que eu merecia a respeito dos meus escritos. Vocês que aqui comentam podem não saber mas, às vezes, escrevem coisas que nos marcam profundamente. Me lembro de uma vez ter postado um texto aqui onde eu dizia estar bastante triste. No mesmo dia, recebi o e-mail de uma menina, que eu não conheço, pedindo que eu não ficasse triste, pois ela se sentia feliz quando lia meus textos alegres. Para essa menina que eu não conheço, para os outros leitores que comentam e para os silenciosos, meu muito obrigada.
Vocês fizeram parte de um ano muito importante na minha vida. Outra vantagem da calendariomania, é que a gente consegue acompanhar nitidamente nossas mudanças durante um determinado período. E foram tantas coisas de 03 de junho de 2010 até o dia de hoje, a maioria delas ditas, ainda que nas entrelinhas, nas minhas crônicas (bom que se meu arquivo cerebral tiver uma pane, tenho ao que recorrer). Mas, me atendo ao blog, não posso deixar de citar que, mesmo sendo recente nessa história que já tem 13 anos, conheci o Eduardo pessoalmente no ano passado (fato que aconteceu no dia 21 de dezembro, uma terça-feira) e por ele fui convidada a participar do projeto do livro do Crônica do Dia (que aqui em Belo Horizonte será lançado em 24 de setembro - não disse que setembro era dos meus?). Portanto, acho digno gastar um dia do meu espaço aqui no blog para comemorar meu um ano por aqui e dizer: parabéns pra mim! :)
Aqui vale uma pergunta: vocês já estão me recriminando ou eu posso continuar? Porque outro dia eu estava dizendo essas coisas a um amigo e ele sugeriu, sutil como um elefante, que talvez eu devesse buscar ajuda psicológica. Por vias das dúvidas, vou mudar um pouco o assunto. Não vim mesmo para falar sobre minha calendariomania. Tudo isso era apenas uma introdução para contar que, segundo consta nos meus arquivos cerebrais, amanhã, dia 03 de junho, faço um ano de Crônica do Dia.
Foram 47 crônicas até aqui, falando um monte de besteiras. E por já saber que eu só falo besteira, eu tinha medo no início de ser xingada nos comentários ou de o Eduardo, o pai do blog, resolver me expulsar. Não sei se essas vontades existiram. Se existiram, não foram colocadas em prática. Pelo contrário. Li muito mais do que eu merecia a respeito dos meus escritos. Vocês que aqui comentam podem não saber mas, às vezes, escrevem coisas que nos marcam profundamente. Me lembro de uma vez ter postado um texto aqui onde eu dizia estar bastante triste. No mesmo dia, recebi o e-mail de uma menina, que eu não conheço, pedindo que eu não ficasse triste, pois ela se sentia feliz quando lia meus textos alegres. Para essa menina que eu não conheço, para os outros leitores que comentam e para os silenciosos, meu muito obrigada.
Vocês fizeram parte de um ano muito importante na minha vida. Outra vantagem da calendariomania, é que a gente consegue acompanhar nitidamente nossas mudanças durante um determinado período. E foram tantas coisas de 03 de junho de 2010 até o dia de hoje, a maioria delas ditas, ainda que nas entrelinhas, nas minhas crônicas (bom que se meu arquivo cerebral tiver uma pane, tenho ao que recorrer). Mas, me atendo ao blog, não posso deixar de citar que, mesmo sendo recente nessa história que já tem 13 anos, conheci o Eduardo pessoalmente no ano passado (fato que aconteceu no dia 21 de dezembro, uma terça-feira) e por ele fui convidada a participar do projeto do livro do Crônica do Dia (que aqui em Belo Horizonte será lançado em 24 de setembro - não disse que setembro era dos meus?). Portanto, acho digno gastar um dia do meu espaço aqui no blog para comemorar meu um ano por aqui e dizer: parabéns pra mim! :)
Imagem: www.sxc.hu
Comentários
parabens pelo um ano de crônica do dia,e obrigado por tranformar minha quinta num ritual, pois toda quinta entro no blog pra ler vc sempre me faz muito bem obrigado
E tem mais é que comemorar, festejar muito porque vc e o Crônica do Dia merecem!
Que vc comemore muitos e muitos anos dessa casa virtual!
Pode se sentir a cereja na crista do chantily porque o seu bolo é de chocolate, com recheio e cobertura em três andares.
Te amo, parabéns, minha amiga!!!!
os seus leitores é que estamos de parabéns. Que você permaneça e ajude na publicação de muitos livros.
PS: e no dia do lançamento do livro, mende-me um convite, pois moro aqui em BH e terei o maior prazer em comparecer. Abraços. paz e bem.
Jujú e Thatha: vocês duas são assim, né? Vão me dar corda em qualquer coisa que eu invente. Amo demais!
Eduardo: ahhh, você e o Felipe são demais. Eu já admirava seu trabalho antes de te conhecer, assim como admirava o dele, antes de conhecê-lo. O bom desse negócio de escrever é que, além de tudo, ainda dá a chance da gente conhecer pessoas como vocês. Muito obrigada por tudo!
Marilza: muito obrigada por sempre deixar palavras doces.
Albir: isso mesmo! Vamos torcer para muitos livros!
José Cláudio: então pode anotar na sua agenda. 24 de setembro, às 11h, no Café Com Letras!
Carla: sabe o que é melhor de tudo? ter a honra de dividir um espaço com você!
Beijos!!!