POUCO É MUITO >> Eduardo Loureiro Jr.
Muita coisa pode acontecer em trinta minutos, ou menos.
Relações sexuais, por exemplo, em sua maioria, acontecem em menos de trinta minutos, muitas vezes já incluindo as preliminares.
Um balde de pipoca leva menos de trinta minutos para ser preparado e comido. Tudo bem, um pouquinho mais, considerando que há de se lavar a pipoqueira.
Uma volta no Parque Olhos d'Água, de Brasília, ou um trecho de caminhada na Raul Lopes, em Teresina, dura menos de trinta minutos, embora seja difícil se contentar com apenas uma volta ou trecho. (Ah, leitor... Você só pensa naquilo, é?)
Um bom banho não chega a trinta minutos, e o planeta agradece.
As palestras do TED, muitas excelentes, duram todas menos de meia hora. E fazem pensar em todo o tempo que se perde em escolas.
Menos de trinta minutos é o tempo limite para estar dentro de um carro sem ser num engarrafamento ou numa viagem. Após trinta minutos, o que é transporte vira prisão.
Um filme tem que agradar em menos de trinta minutos, senão não vale a pena ser assistido por inteiro.
Não se deve tolerar um atraso por mais de trinta minutos. A paciência só cabe folgada em meia hora.
Nossa vida se tornaria intolerável se não pudéssemos fazer coisas que só podem durar menos de trinta minutos: beijar, urinar, cortar unhas, sorrir... Tudo isso pode até se repetir após necessárias pausas, mas há que ser relativamente breve a cada vez. Menos é mais. Pouco é muito.
Claro que muita coisa boa pode acontecer em mais de trinta minutos, com mais qualidade, beleza, satisfação e preciosidade — embora eu não esteja me lembrando de nada desse tipo no momento. Mas, seja o que for, tem que dar uma boa e convincente amostra grátis em menos de trinta minutos.
Esta crônica, por exemplo, ninguém a aguentaria por mais de meia hora. Eu mesmo tratei de me livrar dela em vinte e três minutos.
Relações sexuais, por exemplo, em sua maioria, acontecem em menos de trinta minutos, muitas vezes já incluindo as preliminares.
Um balde de pipoca leva menos de trinta minutos para ser preparado e comido. Tudo bem, um pouquinho mais, considerando que há de se lavar a pipoqueira.
Uma volta no Parque Olhos d'Água, de Brasília, ou um trecho de caminhada na Raul Lopes, em Teresina, dura menos de trinta minutos, embora seja difícil se contentar com apenas uma volta ou trecho. (Ah, leitor... Você só pensa naquilo, é?)
Um bom banho não chega a trinta minutos, e o planeta agradece.
As palestras do TED, muitas excelentes, duram todas menos de meia hora. E fazem pensar em todo o tempo que se perde em escolas.
Menos de trinta minutos é o tempo limite para estar dentro de um carro sem ser num engarrafamento ou numa viagem. Após trinta minutos, o que é transporte vira prisão.
Um filme tem que agradar em menos de trinta minutos, senão não vale a pena ser assistido por inteiro.
Não se deve tolerar um atraso por mais de trinta minutos. A paciência só cabe folgada em meia hora.
Nossa vida se tornaria intolerável se não pudéssemos fazer coisas que só podem durar menos de trinta minutos: beijar, urinar, cortar unhas, sorrir... Tudo isso pode até se repetir após necessárias pausas, mas há que ser relativamente breve a cada vez. Menos é mais. Pouco é muito.
Claro que muita coisa boa pode acontecer em mais de trinta minutos, com mais qualidade, beleza, satisfação e preciosidade — embora eu não esteja me lembrando de nada desse tipo no momento. Mas, seja o que for, tem que dar uma boa e convincente amostra grátis em menos de trinta minutos.
Esta crônica, por exemplo, ninguém a aguentaria por mais de meia hora. Eu mesmo tratei de me livrar dela em vinte e três minutos.
Comentários
Muito bom você lembrar o tempo...afinal ele passa rápido ou nem tanto dependendo do prazer ou desprazer do que temos para fazê-lo passar...
Uma vida, bem vivida ou não, cabe em vários capítulos de trinta minutos, não é?
Bjs
No entanto, discordo de você em alguns pontos na questão dos trinta minutos. Esta crônica, por exemplo: no embalo de suas palavras, nem do tempo eu lembraria.
Que trinta minutos é suficiente para o que mesmo?
bjo