NADA MAIS JUVENIL >> Fred Fogaça


Nada mais juvenil que a rebeldia inocente da descrição de uma cena de sexo. Desfaçamos tudo o que há, quem sabe o que pode ser construído (com fidelidade!) pelas descrições? 


Não há profundidade nesses detalhes sórdidos que já não sejam concebidos em desgaste - guardo um embaraço alheio dessas demonstrações de desejo tão pessoais. 


Há choque que valha? Que esteja além do tesão mirim não satisfeito e, imparcial de não ascender extremidades, flua natural pra mão que escreve? Além do fingimento esnobe! Do distanciamento fictício da vida pro olhar em perspectiva!


Despido dessas poses de ganhar prêmios em palco, quem não quer provar pra si uma ou duas coragens?

Comentários

Zoraya Cesar disse…
Suspendo-me entre o riso e a seriedade, entre a tristeza da constatação da superficialidade dos sentimentos e o conformismo de que a vida é assim mesmo. Isso, qdo consigo pensar se entendi suas entrelinhas, ou elas me deixaram em suspenso, simplesmente.

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