ACABA NÃO, RIO >> Eduardo Loureiro Jr.
Eu sei que deveria escrever uma crônica sobre o lançamento do livro Acaba não, Mundo no Rio de Janeiro, ontem.
Eu sei que deveria começar pelo relato da emocionante aterrissagem no Santos Dumont, depois recontar como gosto do ar e das paisagens desta cidade, e desintroverter a alegria de rever Karina, Kildare, Luís e Nina.
Eu sei que deveria falar do Pão de Açúcar saboreado na companhia de Alba e Carol.
Eu sei que deveria revelar a minha ansiedade em chegar à Lapa, ao número 126 da Mem de Sá.
Eu sei que deveria escrever "A" crônica da minha vida para dar conta — apropriadamente — deste terceiro lançamento.
Eu sei que deveria compor uma crônica inteira, inteirinha, só falando do grande acontecimento que foi ter enfim conhecido pessoalmente Leila, autora do primeiro, primeiríssimo texto do Crônica do Dia, em 1º de julho de 1998.
Eu sei que deveria transformar em palavras os muitos abraços que dei no gentilíssimo Albir e colocar reticências para expressar os muitos abraços que ainda quis lhe dar para saudá-lo e saúda-lo...
Eu sei que deveria acompanhar cada palavra agora escrita de muitas — mas muitas!!!!!! — exclamações para retribuir à Yve todo o seu entusiasmo, que me sustentou nos momentos em que o mundo parecia que iria se acabar antes que o livro ficasse pronto.
Eu sei que deveria correr com os dedos pelo teclado, na direção da rua, para entregar à Bíbi o livro que ela esqueceu sobre a mesa de autógrafos, e aproveitar para olhar mais uma vez em seus olhos tão bonitos e agradecer por sua suavidade, seu talento e sua presença.
Eu sei que deveria dedicar a crônica que eu deveria escrever à Claudia: pela acolhida, pelas providências, pelo carinho e por ser a aniversariante librianamente perfeita, com direito a cobertura de escorpiana.
Eu sei que deveria abrir parêntese para dizer à Zoraya que desejei que o livro lançado já fosse o segundo, no qual ela certamente estará presente.
Eu sei que deveria dar um certo tom de lamentação à crônica por não ter podido me encontrar antecipadamente com Carla Cíntia, e me dedicar — assim mais dedicadamente — à dedicação dela.
Eu sei que deveria fazer com palavras escritas toda a festa que salta das palavras faladas da boca atlântico-amazônica da Monica.
Eu sei que deveria desentrelinhar o que não disse à Andrea do belo sorriso: que sua gargalhada tem o som das gostosas gargalhadas de tia e primas queridas.
Eu sei que deveria fazer mágica com as palavras para que o Maurício entregasse pessoalmente cada precioso broche ACABA NÃO, MUNDO aos autores que ele ainda não conhecia.
Eu sei que deveria prolongar a crônica devida por quanto tempo fosse necessário para dar conta de conversar mais com a Chris, que veio lá de Sampa, amplificando aquela noite de chuva tão bonita.
Eu sei que deveria fazer uma crônica perfeita, divina, onipresente, que materializasse na Lapa todos os autores espalhados pelo Brasil — e também em Portugal e no Canadá — num grande apocalipse às avessas.
Eu sei que deveria descansar um pouco meus dedos exaustos e ficar com o Léo à janela, ou então parar o tempo para que ele — o Léo — não parasse de abraçar a Marisa, no abraço mais longo e mais bonito dos lançamentos até aqui.
Eu sei que deveria pedir licença aos autores e dar mesmo toda a atenção para a Marisa, não só porque ela veio lá de Curitiba, não só por ela ser nossa leitora mais que ideal, não só porque esses lançamentos não estariam completos sem a presença dela, mas simplesmente porque meu coração se encheu de alegria ao ver ao vivo o corpo das amorosas palavras de tantos e tão constantes comentários.
Eu sei que deveria tudo isso e mais alguma coisa. Eu sei que deveria lembrar de tudo e não esquecer de nada, nadinha, nem de ninguém: autores, leitores, parentes, amigos.
Eu sei, eu sei, eu sei. Mas não posso, não consigo, não sustento. Perdoem-me este domingo nada crônico, este domingo agudo da consciência do dever não cumprido. E, ainda assim, um domingo feliz.
Eu sei que deveria começar pelo relato da emocionante aterrissagem no Santos Dumont, depois recontar como gosto do ar e das paisagens desta cidade, e desintroverter a alegria de rever Karina, Kildare, Luís e Nina.
Eu sei que deveria falar do Pão de Açúcar saboreado na companhia de Alba e Carol.
Eu sei que deveria revelar a minha ansiedade em chegar à Lapa, ao número 126 da Mem de Sá.
Eu sei que deveria escrever "A" crônica da minha vida para dar conta — apropriadamente — deste terceiro lançamento.

Eu sei que deveria transformar em palavras os muitos abraços que dei no gentilíssimo Albir e colocar reticências para expressar os muitos abraços que ainda quis lhe dar para saudá-lo e saúda-lo...
Eu sei que deveria acompanhar cada palavra agora escrita de muitas — mas muitas!!!!!! — exclamações para retribuir à Yve todo o seu entusiasmo, que me sustentou nos momentos em que o mundo parecia que iria se acabar antes que o livro ficasse pronto.
Eu sei que deveria correr com os dedos pelo teclado, na direção da rua, para entregar à Bíbi o livro que ela esqueceu sobre a mesa de autógrafos, e aproveitar para olhar mais uma vez em seus olhos tão bonitos e agradecer por sua suavidade, seu talento e sua presença.
Eu sei que deveria dedicar a crônica que eu deveria escrever à Claudia: pela acolhida, pelas providências, pelo carinho e por ser a aniversariante librianamente perfeita, com direito a cobertura de escorpiana.
Eu sei que deveria abrir parêntese para dizer à Zoraya que desejei que o livro lançado já fosse o segundo, no qual ela certamente estará presente.
Eu sei que deveria dar um certo tom de lamentação à crônica por não ter podido me encontrar antecipadamente com Carla Cíntia, e me dedicar — assim mais dedicadamente — à dedicação dela.
Eu sei que deveria fazer com palavras escritas toda a festa que salta das palavras faladas da boca atlântico-amazônica da Monica.
Eu sei que deveria desentrelinhar o que não disse à Andrea do belo sorriso: que sua gargalhada tem o som das gostosas gargalhadas de tia e primas queridas.
Eu sei que deveria fazer mágica com as palavras para que o Maurício entregasse pessoalmente cada precioso broche ACABA NÃO, MUNDO aos autores que ele ainda não conhecia.
Eu sei que deveria prolongar a crônica devida por quanto tempo fosse necessário para dar conta de conversar mais com a Chris, que veio lá de Sampa, amplificando aquela noite de chuva tão bonita.
Eu sei que deveria fazer uma crônica perfeita, divina, onipresente, que materializasse na Lapa todos os autores espalhados pelo Brasil — e também em Portugal e no Canadá — num grande apocalipse às avessas.
Eu sei que deveria descansar um pouco meus dedos exaustos e ficar com o Léo à janela, ou então parar o tempo para que ele — o Léo — não parasse de abraçar a Marisa, no abraço mais longo e mais bonito dos lançamentos até aqui.
Eu sei que deveria tudo isso e mais alguma coisa. Eu sei que deveria lembrar de tudo e não esquecer de nada, nadinha, nem de ninguém: autores, leitores, parentes, amigos.
Eu sei, eu sei, eu sei. Mas não posso, não consigo, não sustento. Perdoem-me este domingo nada crônico, este domingo agudo da consciência do dever não cumprido. E, ainda assim, um domingo feliz.
Comentários
Acabei de chegar de viagem e continuo viajando aqui, lembrando da noite que poderia não ter existido para mim, caso eu tivesse pensado mais um pouco e desistido de ir!
Não dá para descrever a emoção de ter conhecido aqueles que me acompanham nos meus momentos de felicidade, tristeza, solidão, introspecção. Obrigada mesmo! Obrigada por sábado, obrigada por todo esse tempo e obrigada por terem me recebido com tanto carinho. Posso dizer, de coração, que isso não vai ficar gravado só na memória. Está, definitivamente, marcado em minha vida, porque hoje sou bem mais feliz que era, tendo realizado um sonho de abraçar quem sempre me abraça com textos que me fazem acreditar num mundo melhor e que não vai acabar. :)
Fico FELIZ que tenha sido FELIZ o seu Rio e Janeiro, na companhia de tantas pessoas bacanas. Beijo!
Super beijo no teu coração.
Quero, porém, aqui também, agradecer o belo presente que foi a sua companhia e a de todos os que compõem este livro no qual tenho a maior alegria de participar.
Beijos,
Leila