MISTURA [Debora Bottcher]
Há pessoas que vivem nas sombras, um paraíso onde a luz, por mais clara e necessária que possa parecer, escurece mais.
Há pessoas que guardam em si um interior soturno: bem no fundo, vozes e sons que o mundo lá fora é incapaz de compreender... Para quem a solidão se faz mãe, protetora incondicional dos medos.
Há pessoas para quem a alegria é tão simples como o vôo terno de uma borboleta cálida. O Amor se figura algo com fronteiras além dos limites, salto no abismo raso da essência que se faz vida.
O que importa para a maioria, para esses não faz o menor sentido. Dentro deles mora a contradição, o inevitável, o assombro diante de tudo. Os espelhos revelam fantasmas: quando olham-se bem dentro dos seus próprios olhos, não têm, nunca, certeza de saber quem são ou mesmo que aquele brilho pálido seja o real reflexo de suas verdades.
Desconhecem a mentira: são suaves demais para ela, quebram-se diante desse precipício que beira o inferno da morte dos sonhos, da desilusão rasteira, do desencanto das lágrimas.
Há pessoas que têm a alma regada a uma esperança que apenas se insinua, e que de tão pequena, se faz gigante. Que escondem no sorriso calmo um vulcão em constante erupção.
Há pessoas que, eventualmente, divagam na loucura e nem sabem ao certo sobre o que pensam, sobre o que falam, sobre o que escrevem através dos silêncios de tantas paredes que as rondam...
Algumas dessas pessoas se misturam em mim...
Há pessoas que guardam em si um interior soturno: bem no fundo, vozes e sons que o mundo lá fora é incapaz de compreender... Para quem a solidão se faz mãe, protetora incondicional dos medos.
Há pessoas para quem a alegria é tão simples como o vôo terno de uma borboleta cálida. O Amor se figura algo com fronteiras além dos limites, salto no abismo raso da essência que se faz vida.
O que importa para a maioria, para esses não faz o menor sentido. Dentro deles mora a contradição, o inevitável, o assombro diante de tudo. Os espelhos revelam fantasmas: quando olham-se bem dentro dos seus próprios olhos, não têm, nunca, certeza de saber quem são ou mesmo que aquele brilho pálido seja o real reflexo de suas verdades.
Desconhecem a mentira: são suaves demais para ela, quebram-se diante desse precipício que beira o inferno da morte dos sonhos, da desilusão rasteira, do desencanto das lágrimas.
Há pessoas que têm a alma regada a uma esperança que apenas se insinua, e que de tão pequena, se faz gigante. Que escondem no sorriso calmo um vulcão em constante erupção.
Há pessoas que, eventualmente, divagam na loucura e nem sabem ao certo sobre o que pensam, sobre o que falam, sobre o que escrevem através dos silêncios de tantas paredes que as rondam...
Algumas dessas pessoas se misturam em mim...
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