AMORES & SÉRIES >> Carla Dias >>
Eu era – e continuo sendo – fã de carteirinha da série Arquivo X (The X-Files), criada por Chris Carter. Torcia para que Mulder encontrasse sua irmã, ainda que ela tivesse se tornado uma extraterrestre. Também cruzava os dedos para ver se, em algum momento, a Scully sorriria sem parecer que estava sofrendo, sabe?
Mais do que tudo, uma legião de fãs torcia para que os protagonistas desenrolassem logo o romance que estava no ar e entranhado nos acontecimentos mais bizarros que eles presenciavam juntos. Eventualmente, isso aconteceu, mas ainda assim, tudo era muito esquisito.
Eu sei... O amor é uma coisa de louco.
Os improváveis casais têm sido tema de muitos filmes, livros e seriados. O amor fácil é comédia, o mais denso é drama, e se misturarmos a isso um pouco de suspense teremos Bones.
Nunca imaginei que um dia assistiria a uma série de televisão sobre resolver crimes através dos ossos da vítima... E achá-la fantástica! Mas a vida é assim, surpreendente, e ainda tem a ciência.
A Dra. Brennan (Emily Deschanel) e o agente especial do FBI Booth (David Boreanaz) são o casal não-casal mais casal que eu já vi. Ele é um homem que acredita em Deus e ela na ciência e isso tem sido assunto recorrente nas cinco temporadas da série, com momentos hilários de discussões muito interessantes. O toque cômico da série torna suportável acompanhar as investigações. Ossos, lembram? Nem sempre eles vêm limpinhos.
Bones é do mesmo criador de CSI, Josh Berman.
Quem se lembra de Dawson’s Creek, série criada por Kevin Williamson na qual o Dawson (James Van Der Beek) era o menos interessante? Joshua Jackson, o Pacey, já era muito mais bacana naquela época. E então, ele cresceu e apareceu. Lembro-me de um filme bem interessante do qual ele era protagonista, escrito e dirigido por Kevin Noland. Americano foi o primeiro filme com Joshua que assisti, após o fim da série. Desde então, tenho o apreciado cada vez mais como ator.
Despido do Pacey e assumindo o papel de Peter Bishop em Fringe, Joshua Jackson compõe outro casal que não é casal, mas tem tudo para ser, e só Deus – e os roteiristas – sabe no que isso vai dar.
Fringe, criada, entre outros, por J. J. Abrams, também criador de Lost, foi apedrejada, antes mesmo de estrear, e isso nos leva à primeira série que mencionei aqui: Arquivo X. Assim como a saga Mulder & Scully, Fringe é uma série de ficção científica e ganhou o rótulo de cópia barata de Arquivo X, como se o tema fosse exclusividade dessa série. E apesar de não encher os olhos dos donos do dinheiro, Fringe já chegou a sua segunda temporada e com reconhecimento do público à qualidade do que assistem.
Peter Bishop, o filho gênio do fantástico – e gênio – cientista Walter Bishop, interpretado com primazia por John Noble, começa a arrastar suas asas para sua companheira de labuta, a durona e melancólica agente do FBI Olivia Dunham (Anna Torv), que aceita e colabora com o interesse dele. Nesse suspense de ficção científica há muito que Peter e Olivia viverem, antes de um provável e verdadeiro romance.
Independente do romance, essas séries são muito interessantes e bem feitas e valem que a gente assista e fique torcendo para um final feliz com um começo e um meio bem bagunçados.
BONES
FOX: quinta (21h00); sexta (03h00); domingo (12h00); segunda (02h00).
http://www.fox.com/bones
FRINGE
WARNER: terça (22h00); quarta (02h00).
http://www.fox.com/fringe
www.carladias.com
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