MULHER COMUM >> Clara Braga

Sempre admirei muito minha mãe, minhas avós e todas as mulheres da família. Para mim, todas se encaixam no estereótipo que é massivamente exaltado em datas como dia das mães: trabalhadoras e batalhadoras que conseguiram administrar todas as obrigações enquanto ainda cuidavam de seus filhos.

Sempre que diziam que as mães é que são verdadeiras mulheres maravilhas eu concordava sem pensar duas vezes. E digo mais, tomei esse estereótipo como um objetivo a ser alcançado quando me tornasse mãe.

Eis que meu filho nasceu e eu percebi algo que deveria ser óbvio, mas como não é tão romântico quanto ser a mulher maravilha as pessoas fingem que não veem: por trás da imagem de super heroína existe uma pessoa comum, que provavelmente está muito cansada, que fica frustrada por não dar conta de todas as atividades que precisa cumprir, que abriria mão de todos os títulos para ter mais tempo com a família e, porque não, mais tempo para si, só para si!

Com a proximidade do dia das mães, de novo começam as homenagens usando imagens de super mulheres. Mas esse ano já olho essas homenagens com outros olhos, e o que desejo a essas “super mulheres” é que todos a sua volta entendam os papeis que cada um pode e deve cumprir para que você, que é muitas coisas além de mãe, possa ser cada dia mais uma mulher comum!

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