GOLEIRA DE CASAMENTOS -- Paula Pimenta

Curiosa pra saber de onde veio essa tradição de se jogar o buquê, resolvi pesquisar. Descobri que sua origem vem da idade média, quando durante o trajeto de sua casa até o local onde seria realizado o casamento, a noiva recebia flores de todos os que a acompanhavam, chegando ao local da cerimônia com uma braçada de flores. Ele viria a ser disputado por todas, porque ao jogá-lo no momento da despedida, a noiva repartiria, num gesto generoso, a sua felicidade. Seja para ser feliz ou pelo prenúncio de ser a próxima a se casar, o fato é que a tradição pegou.
Já perdi a conta de quantos buquês eu peguei e nesses vários anos de observação e prática, cheguei a uma conclusão. Existe uma técnica para se pegar o buquê. Em 95% das vezes esta técnica funciona, e quando não funciona é porque o buquê veio com defeito. É claro que eu não vou entregar o jogo todo aqui, afinal, não quero que isso se espalhe, pretendo continuar pegando todos os buquês dos intermináveis casamentos que participo. Mas vou dar uma dica (e já revelei a mesma a uma das minhas amigas, ela inclusive pegou o buquê e vai se casar no ano que vem): existe um ângulo de arremesso das noivas. Todas elas jogam o buquê na mesma direção. Se vocês descobrirem esse ângulo, segredo desvendado.
Uma outra coisa muito importante a se reparar é se a noiva realmente está jogando o buquê que ela usou para se casar na igreja (ou na cerimônia). Porque a moda agora é guardar para si o buquê grandão, abençoado por Deus, e jogar para as convidadas um falso, feito só para o arremesso, pequenininho, completamente sem graça e sem o poder de atrair casamento para quem o pegar. Eu me recuso. Só entro na caçada pelos buquês legítimos.
Agora um conselho às futuras noivas para que não desperdicem esse momento tão esperado de suas festas de casamento: é extremamente importante que vocês não percam o “timing” do buquê. Tem um momento certo para a jogada. Se for muito no começo da festa, não dá certo... não é uma hora oportuna quando todo mundo ainda está chegando, o champagne ainda não fez efeito, a preocupação com o visual ainda comanda. No final também não é uma boa idéia, já que as mulheres todas vão estar com os pés doendo, passando mal por causa da bebida, muitas já acompanhadas (e pega mal largar o gatinho recém-conquistado pra caçar o buquê)... O momento ideal é exatamente 2 horas e 30 minutos após o começo da festa. Nesse ponto, todo mundo já está alegrinho e as convidadas já estão soltas o suficiente para ter coragem de pagar o mico (e sem receio de estragar o penteado).
Então, técnicas divulgadas, desejo muito boa sorte a todas as caçadoras de buquês que não

Comentários
beijo carinhoso procê.
beijos