A MENINA QUE RI >> Whisner Fraga
a menina descobre que é volúvel.
a volubilidade imprevista do tempo.
a menina não quer nada que já não seja dela.
e isso dói.
a menina se dedica a buscar alentos e percebe que isso é bom.
sabe que viver consigo é esse duelo.
às vezes desaba, mas logo a distração lhe mostra que é melhor se levantar.
a menina tateia evidências e quer o mapa das coisas.
o mapa da benquerença.
o mapa da euforia.
mas o mundo só lhe entrega um rumo bifurcado.
a menina prende os cabelos, enlaça os olhos do pai e há ali proteção e brutalidade.
a menina tem amigos e nenhum se importa.
depois se cala, porque o silêncio é uma vastidão.
a volubilidade imprevista do tempo.
a menina não quer nada que já não seja dela.
e isso dói.
a menina se dedica a buscar alentos e percebe que isso é bom.
sabe que viver consigo é esse duelo.
às vezes desaba, mas logo a distração lhe mostra que é melhor se levantar.
a menina tateia evidências e quer o mapa das coisas.
o mapa da benquerença.
o mapa da euforia.
mas o mundo só lhe entrega um rumo bifurcado.
a menina prende os cabelos, enlaça os olhos do pai e há ali proteção e brutalidade.
a menina tem amigos e nenhum se importa.
depois se cala, porque o silêncio é uma vastidão.
Comentários
por favor, comece a pensar em publicar um livro ilustrado só com a Menina.
Precisamos de encantamento.