DIZ, BEATRIZ >> Carla Dias >>
Recebo muitos e-mails de pessoas envolvidas com arte, escritores, músicos, fotógrafos... E confiro tudo o que recebo. Separo o que me agrada, num primeiro momento, e me aprofundo, cultivando sintonia. O que colho, logo adiante, é o gostar genuíno ou a constatação de ter sido apenas um deslumbre momentâneo.
Quando se trata do gostar genuíno, ah, eu fico feliz! Porque, pensem bem, não é fantástico quando encontramos algo ou alguém que faça a nossa alma sussurrar - sonsa que só - ao nosso corpo todo: isso é bom e faz bem?
Bom... Bem...
Foi assim que conheci o trabalho de uma cantora, compositora, atriz e poeta que não necessita dos meus préstimos para ser (re)conhecida, mas como gosto de partir o pão e dividir, com os agregados do meu afeto, os pedacinhos, vou falar sobre ela hoje.
De Beatriz Azevedo eu ouvi a música e mais de uma vez. Li os poemas, as mensagens sobre os seus fazeres artísticos que caiam na minha caixa postal.
Ontem, recebi um flyer de divulgação do 3.33 , com estreia marcada no Festival Internacional de Curta-Metragens de São Paulo. O roteiro e a direção são de Sabrina Greve, e os poemas e a trilha original musical são de Beatriz. Assim percebi que já passara da hora de fala sobre ela.
Sei de quem cantou Beatriz... Mas eu não sei cantar, então, escrevo sobre.
Da voz eu gosto... Tem essa coisa mansa, grave, dizendo ideias e sentimentos aos bamboleios do canto. Quando ouvi as canções do seu CD Alegria, lançado pela Biscoito Fino, também percebi um talento danado para colocar a poesia na música. Sem contar a pluralidade: Alegria tem de tudo um pouco, mas esse tudo é tão bem trançado, e aos poucos, que não maltrata a cadência do álbum. E tem a sutileza da música, vide Abraçar o Sol, mas também, em um momento e outro, há uma fome danada pelo ritmo, como na bacanérrima Relicário.
Adorei os poemas que estão no site de Beatriz, principalmente A flor azul do silêncio, através do qual a moça se refestela em possibilidades que não as já conhecidas: “não pertencer a panelinhas / cozinhar as tripas da poesia / no caldeirão dos bruxos / namorar o crepúsculo / trair o espelho e o tempo...
Beatriz Azevedo não precisa que eu insira seu currículo nessa crônica, pois já tem seu canto e sua voz ecoando nas salas e almas certas. O que posso é colaborar com a jornada, indicando as ruas que vocês podem seguir para chegarem a esses lugares onde ela abriga sua arte e conta sua história:
www.beatrizazevedo.com.br
www.myspace.com/beatrizazevedo
E por aqui eu fico... O coração passeando pelas caixas postais desse mundão. E como diz Beatriz naquele outro poema, vou "perder o trem perder a hora perder a conta".
http://talhe.blogspot.com
Comentários
Eu ando apaixonadíssima pela Tiê, inclusive, estou neste momento ouvindo a voz doce e suave dela (http://www.myspace.com/tiemusica).Não consigo parar de ouvir a moça.
Igual a Tiê, a Beatriz, a Ceumar, existem muitos que podemos ir garimpando na internet. Isto é muito legal! Fiquei curiosa para conhecer a voz da Beatriz, vou lá.
E o bacana é isso: a troca. Já estou ouvindo a Tiê : )
Obrigada por compartilhar!
Eduardo: grata por participar desse partilhar com.
Isso é essencial. Tem gente que acredita em tudo que vê... até isso mudar ainda vou receber emails sobre o orkut ou o msn serem pagos se eu não reenviar para 300 pessoas o email....
hehehe
Insano Chronicles