A PENÚLTIMA PALAVRA >> Eduardo Loureiro Jr.

Eu já fui um sujeito muito polêmico, daqueles que têm a última palavra. Minha chatice argumentativa era mais ingênua que beligerante. Pensamentos e ideias sempre foram para mim uma espécie de brincadeira, feito peteca que não se deve deixar cair. Réplicas, tréplicas, quadréplicas... eram só uma forma de manter os pensamentos e as ideias em movimento.

Mas comecei a perceber que as pessoas se irritavam. E se tem gente que perde o amigo, mas não a piada, eu preferia perder o argumento a perder a amizade. Decidi, então, limitar o número de vezes que argumento a respeito de qualquer coisa. Mesmo que o assunto não seja polêmico, e esteja longe de gerar qualquer tipo de competitividade desconfortável, procuro reduzir minhas falas a duas ou, no máximo, três. E faço o possível para que a derradeira não seja provocativa.

E se o leitor discordar, meu silêncio há de lhe dar razão...

Comentários

Carla S.M. disse…
Nesse mundo virtual e problematizado no qual a gente vive hoje - de facebookianismos, ódio mútuo e de separatismo - você está sabiamente salvaguardando sua paz de espírito... Em pessoa funciona também?
Funciona ainda melhor em pessoa, Carla. :)
Anônimo disse…
Perfeito, perfeito, perfeito!!!
Grato, grato, grato, Anônimo. :)
Unknown disse…
Adorei!! Li a crônica no concurso para oficial da Defensoria Pública no último domingo (15/11/15) e me identifique tanto que fui procurar na internet
Top! Parabéns!
Grato, Samara. Que bom que gostou.
Não sabia que a crônica tinha feito parte de um concurso.
Fiquei feliz com esta notícia. :)
Unknown disse…
Questão da prova DPE mais minha identificação pura me trouxeram até aqui. Show de bola! Vou aplicar na vida também.
Grato, Danilo.
Espero que você tenha acertado as questões. :)
Lara disse…
Adorei!! Me identifiquei totalmente.

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