A MADRUGADA DOS ESCRÚPULOS >> Leonardo Marona

Às duas e cinqüenta da manhã, Samantha Liu entrou no banheiro da Pizzaria Guanabara para retocar a maquiagem. Entrou assobiando a Aquarela do Brasil. Nas mesas, do lado de fora, mais ou menos a mesma cena de sempre. A cena Baixo Leblon de sempre. Mesas com uma média de cinco pessoas dentre as quais uma tem o dinheiro e paga a conta e as outras são agregadas ou puxa-sacos e riem e bebem sem parar.

Assim que Samantha meteu a cara no espelho, a ponta do nariz quase no vidro, o buço esticado pro batom, ouviu uns ruídos de dentro de um dos toaletes. De repente a porta explodiu na parede e uma mulher que um dia deve ter sido loira, mas que estava com o cabelo verde no momento, apareceu sentada na tampa da privada. Suas olheiras iam quase até os pés e ela tinha uma nota de 1 real enrolada e um espelhinho de bolsa numa mão. Havia outra mulher ali dentro com ela, mas estava muito escuro e Samantha não teve muito tempo para refletir, porque a loira logo atacou.

— Sua puta! Não tá vendo que o banheiro tá ocupado, porra!?

Samantha tentou de tudo para ignorar a mulher e continuou com a Aquarela. Mexeu um pouco nos cabelos pr’um lado e pro outro, sacudiu um pouco a franja e, quando se virou para ir embora, levou um murro mata-rato da loira, que parecia fora de si, com os dentes trincados. “Que isso, sua maluca?!”, foi o que Samantha pôde dizer quando sua cabeça veio abaixo. Agora dava para ver melhor a mulher que estava lá dentro junto com a loira: era uma morena gorda que vestia uma calça de magra e por isso parecia ainda mais gorda. Chispou pra fora do banheiro. A loira se agarrou nos cabelos de Samantha, que não conseguia ver nada e nem mesmo reagir. Dois ganchos no meio do nariz, um pouco de sangue espirrou. “Agora você tá me escutando, sua vaca?”, gritou a loira. “Agora você tá prestando atenção?”.

Samantha juntou as forças do chão e segurou a loira pelos cabelos. As duas estavam fazendo a mesma coisa. Uma puxando a outra pra baixo até que as duas se encolheram sobre os joelhos e caíram sentadas. A loira se mexia muito e chicoteava com o corpo, o que dificultou um pouco a vida de Samantha. Mas ela ganhou alguns pontos quando conseguiu agarrar a cabeça da loira com um alicate de braço e começou a forçá-la na direção do encerador de sapatos, ao lado da pia. Fizeram bastante barulho. A loira chutava pra todos os lados e cuspia pra cima e parte escorria pelo queixo. Samantha arrastou a cara da loira por um tempo no encerador de sapatos, até que dois garçons invadiram o banheiro e seguraram as duas. Samantha imediatamente se conteve e olhou pro espelho ajeitando os cabelos e o colar de marfim. Tinha ficado um risco horizontal de sangue bem no meio do nariz. “Tirem essa maluca daqui!”, disse Samantha. “Ela tava cheirando no toalete e me atacou. Tinha outra com ela, que fugiu correndo”. “Lídia, garota, outra vez a mesma coisa?”, disse o garçom que segurava a loira pelos braços. Ela estava morta como um boneco de pano. Morta e murcha, com os olhos virados pro nada. “Ah, foda-se Túlio. Foda-se tudo. Vou pra casa”, disse a loira. E saiu soltando uns tapas no ar, com a cara amarrada.

Escoltaram as duas lado a lado pelo bar. Ninguém nas mesas nem mesmo virou o queixo. Brigas entre mulheres eram freqüentes ali. Uma vez a Vera Fischer fez o papel que dessa vez tinha sido da loira. Mas com a Vera Fischer a polícia teve que aparecer, porque, afinal, era a Vera Fischer. Enfim, egos estufados e muita coisa pra dizer ao mesmo tempo dão nisso.

***

Raoul Lopez odiava ser chamado de Raoul López. “É Lôpez, porra! Lôpez!”, dizia sempre, vermelho de raiva. Era quase sempre assim que as brigas começavam. Ou então por causa de uma risada na hora errada, que nunca era a hora errada pra ninguém, só pra ele. Escritor maluco excêntrico, daí pra pior. Vivia da melhor forma possível, como se o último dia fosse o próximo. Claro que, pra isso, tinha uma companheira que limpava as sobras da festa: Gilda. Gilda, à moda antiga, era uma daquelas de cabelos cacheados caindo na testa. Uma daquelas que usam boinas no verão e assopram cigarrilhas por aí. Das que lêem Clarice Lispector e querem falar sobre os seus suspiros quando ninguém quer ouvir.

Vinham virando a esquina, Raoul e Gilda, cinco e dez da matina, e os únicos barulhos eram o das árvores e dos sapos. Sapos? Raoul foi procurar os sapos. “Onde estão esses malditos sapos que não param de fazer esse barulho infernal? Ficam peidando pela boca!”. Se agachou na grama, perto de um canteiro de árvores, e o risco da bunda apareceu pra fora das calças. Gilda bufava e olhava pros céus. Sempre fazia isso quando não tinha nada e nunca nada tinha vindo de lá de cima. Mas ela não sabia fazer outra coisa a não ser olhar pro céu e dizer que não sabia bem o que estava sentindo, isso quando brigavam feio, dia sim, dia não.

— Vamos, Raoul, não tem sapo nenhum, meu amor...

— Fica quieta, porra! Estou bem perto.

— Você viu o que a Samantha Liu falou do seu romance, querido? Querem publicar.

— Sei. E depois vão querer também lavar as minhas cuecas, imagino.

— Você devia dar uma chance às pessoas. A impressão que me dá é que não quer nada pra você mesmo.

— Olha aqui, mulher, não está vendo que estou cheio de terra entre as unhas? — e levantou as unhas do canteiro, uma cara de louco sem chance, quando bebia sem precisar parar era com essa cara que ficava.

— Mas, Raoul! Se alguém quer publicar o teu livro, você tem que se mostrar mais interessado. São pessoas legais, que se preocupam com você.

— Você sabe qual é a merda toda com esses teus amigos riquinhos de cachecol e camisas coloridas? Eles não vêem a diferença entre um insulto e um elogio. São vazios, não têm nada dentro dos olhos. Não viveram nada, passaram os anos em primeiras classes ou vendo pinturas nas paredes, mas não conhecem o mundo de verdade. Não conhecem nada que se mexa, vivem de coisas paradas, coisas prontas. Isso mesmo que tenham viajado por todo o canto. Te olham mas não estão ali de verdade. Pra eles não faz a menor diferença. Pra eles o que importa é o teu currículo. E é aí que eu entro. Vou às festas, cuspo neles e eles continuam acreditando em mim. E você, Gilda, acreditaria se eu dissesse que acabei de pegar o filho da puta? Olha como é GRANDE!

Raoul arrancou com força as mãos do canteiro, as duas cheias de terra úmida, bem na cara de Gilda, que deu um pulo pra trás e caiu de bunda no chão, os cachinhos aloirados como molas saltitando na frente da testa. Ninguém passou na rua enquanto isso tudo aconteceu. Raoul ria como um vinil arranhado rodando de trás pra frente. Tossia convulsivamente e suava no buço e no pescoço. Parecia que um bicho ia sair de dentro dele e essa era a hora em que Gilda ficava assustada e começava a chorar. “Ai, meu deus! Você precisa ir ao médico, Raoul! Vai morrer com essa tosse, não vê? Olha como fica vermelho!”. Então veio pra cima dele e o enganchou pelo sovaco para levá-lo dali. “Porra! Você tá sempre me tratando com se eu fosse um aleijado!”. E essa era a hora em que o próprio Raoul começava a chorar e a demonstrar seus sentimentos. Um monte de minhocas mortas para todos os lados. E, daí pra frente, ele daria um jeito de dizer o quanto desprezava o pai de Gilda, os amigos de Gilda, a vida calma de Gilda, sua resignação, e mais uma porção de gente que, ela jurava, gostava dele e se importava com ele.

— Ora, e daí que eles se importam?! Você vai numa missa e o padre diz, Orai, irmãos. Depois você fala com ele dentro de uma caixa de fósforos e ele diz que você está perdoado por ter matado seu patrão com um ferro de passar roupa na cabeça. E você acha que ele realmente se importa contigo quando diz que você está perdoado? Balela!

— Não, Raoul, você tá vendo tudo errado. Quem foi que falou no meu pai e nos meus amigos? Estamos falando de nós dois. Há alguma coisa muito errada conosco...

— O quê?

— Não sei direito o que é. Mas dói muito.

— Ah! É sempre a mesma coisa. Você fica por aí choramingando e não sabe nem mesmo por quê! Olha, e se eu disser que não acredito em você? Que não acredito em uma palavra que você diz?

Gilda tinha juntado as lágrimas dos olhos com o ranho do nariz, e o bico que se formou debaixo da sua boca era alguma coisa que desfigurava completamente seu rosto e fazia Raoul pensar em que tipo de buraco tinha se metido com aquela mulher neurótica e profundamente deprimida. O que os mantinha grudados um no outro? Desespero. Medo de serem abandonados no mundo. Essas coisas. Mas eles raramente falavam nisso. Não havia por que perder tempo falando sobre um tiro na alma. Para Gilda era mais fácil dizer que não sabia direito o que era. E para Raoul era mais fácil não dizer nada.

— Olha, Raoul, acho melhor darmos um tempo. Preciso pensar. Você vai pra sua casa que eu vou pra minha. Precisamos ficar uns tempos sem nos ver, porque eu já não agüento mais isso todo dia. Você vira um bicho quando bebe e parece que eu não te conheço quando isso acontece. Parece que eu sou a sua última opção.

— Inferno! Olha, se dermos um tempo vai ser um tempo pra sempre, entendeu? A vida tá uma merda e as pessoas pedem um tempo, como se um tempo fosse resolver alguma coisa. Um tempo é pra sempre, entendeu, Gilda? Pra sempre! E nunca mais quero te ver, porque simplesmente não me emociono mais com o teu choro.

Raoul sentou num banco em frente ao canteiro no qual estava antes de quatro procurando o sapo. Começou a limpar uma mão na outra enquanto falava sozinho. Gilda não parava de chorar e, do mesmo jeito, veio se sentar ao lado do seu amor. Ficaram quinze minutos sem falar. Raoul olhando pra frente, procurando o nada completo, e Gilda olhando disfarçadamente pros olhos de Raoul, como que de baixo pra cima, procurando alguma coisa que tivesse sobrado daquele que a tinha pedido em casamento e havia lhe dado um buldogue de pelúcia, batizado de Chernenko, com uma carta de amor escrita à mão, “para sempre”, segundo a carta.

Então Gilda falou:

— Raoul, eu vou indo, então. Não sei o que te dizer depois de tudo isso.

— Por que você tem sempre que dizer alguma coisa?

— Ah, deixa pra lá. Estou confusa e essas brigas todas me parecem sem o menor sentido.

— Gilda, o teu problema é que você quer moldar as pessoas pra que elas fiquem da maneira que você quer. E ninguém é da maneira que a gente quer. Eu não serei o que você quer que eu seja porque eu não consigo mentir pra você. Não vou ficar fingindo uma coisa pra você. Não vou passar a sorrir de graça e não vou enrolar um cachecol no pescoço pra “me enturmar”. Que se dane isso! Se quer alguém de mentira, compre um boneco de encher! Eu sou de verdade! Se estiver mal, vou ficar mal, se estiver bem, você vai saber disso também.

— Bom, eu estou cansada de saber. Acho que é isso. Cansada de um marido que muda a cada copo que entorna.

— Então tudo bem. Estou cansado disso também. Cansado de ter que ser outra pessoa pra você não chorar. Se quiser pode ir embora e nunca mais apareça. Arrume outro cara pra te enrabar pelas costas, que nem esses babacas com quem você vive saindo. Eu não quero saber mais. Sou frio como uma pedra. Você conseguiu. Você me deixou assim.

Gilda sentou no banco. Parecia um tipo de fim. Raoul se levantou, os dois olhando pra frente, pro nada. “Eu vou indo então”, disse Gilda com os olhos implorando pra que Raoul fizesse alguma coisa contra isso. Não fez nada. Nem disse nada. Simplesmente enfiou as mãos nos bolsos, baixou a cabeça e começou a andar pra frente. Gilda ainda ficou um tempo ali, parada, sentada, enquanto Raoul dobrava a esquina.

Não foi pra casa. A casa agora era dela. Até que ele não tivesse mais nenhuma opção e precisasse voltar com o rabo entre as pernas. Parou num orelhão e discou. O cartão tinha apenas cinco unidades. “Sim?”. “Liu, que porra é essa de ficar dizendo que vai publicar o meu livro? Você sabe que isso não é verdade”. “Raoul?! Você já viu a hora?”. “E que tem ela?”. “São seis da manhã! Eu já tava deitada”. “Então eu vou até aí deitar contigo”. E desligou. Sobraram três unidades.

Bateu na porta com a mão. Nunca usava a campainha. Samantha Liu abriu apenas meia porta. Vestia um roupão de seda cor de marfim amarrado pela cintura. Dava pra ver que tinha passado os últimos dez minutos escondendo as olheiras em algum canto.

— Samantha, já te disse um milhão de vezes que você não precisa desse pó todo na cara. Fica parecendo um palhaço.

— Você não veio até aqui me insultar, veio?

— Não. Vim ver você.

— Onde está Gilda, teu talismã?

— Você deve saber me dizer. São amigas agora, não são?

— Conversamos sobre o teu livro. Foi só isso.

— Escuta: vai me deixar aqui fora, no frio?

Abriu a outra metade da porta e Raoul entrou. Sempre entrava como que olhando pros lados, isso porque a casa de Samantha Liu era cheia de coisas para se olhar nas paredes e em cima do aparador: troféus, fotos com escritores famosos, long plays raros, quadros protegidos por grossas camadas de vidro e uma enorme estante cheia de livros aparentemente intocados. Raoul sempre se dirigia à estante, em parte por força do hábito, em parte porque não se sentia confortável naquela casa. Era rica demais para ele e parecia feita sob encomenda.

— Escuta, Liu: algum dia você pretende ler um desses livros?

Ela veio por trás e o beijou na nuca. Ele virou e segurou suas nádegas com as duas mãos espalmadas, e depois meteu a língua dentro da sua boca. Ficaram um tempo rodando, depois Raoul a largou no chão e foi até a janela. Ficou parado ali, olhando pra rua.

— Já tem gente saindo de casa. Eu acho isso inacreditável. Sábado de manhã, seis da manhã, e tem uns putos saindo pra andar na praia de moletom. Quanto tempo a mais vale isso? Você faz jogging também, Liu?

— Eu tenho uma esteira ergométrica. Escuta: querem publicar um conto teu na Confissões Cuspidas. Vão te pagar 150 pratas. É pra semana que vem. E o editor quer te conhecer. Ficou muito entusiasmado com o texto teu que eu mostrei pra ele.

— Qual texto?

— Aquele do cara que fica com o pênis ereto e não consegue mais baixar... depois que conversa com uns amigos sobre sexo tântrico.

— Ah, esse! É o tipo de coisa que vende. E esses editores adoram uma putaria. Aposto que ele não falou nada daquele em que eu dizia que era o melhor desde Dos Passos.

— Não, desse ele não falou nada. Acho que não conhece Dos Passos.

— Nem eu, mas e daí?

Samantha virou e foi até o balcão do bar que ficava no canto da sala, perto da cozinha. Encheu uma taça de Dry Martini e jogou uma cereja dentro. As cerejas ficavam num pote de vidro polido ao lado. Raoul se virou com o barulho que veio de lá.

— Seis da manhã, mulher! Já vai começar?

— Eu bebo pouco. Você sabe disso. Quer alguma coisa?

— Pepsi-cola. Tem aí?

— Tem Coca. Serve?

— Então me dá um uísque. Puro.

— Seis da manhã, homem! Já vai começar?

— Sem essa pra cima de mim, oquei? Você faz muito bem o tipo bebo-socialmente-das-seis-às-seis-depois-caio-vomitada-num-canto. Não se bebe Martini, querida. A menos que você tenha muito medo de admitir que é uma alcoólatra.

— Vai à merda, tudo bem?

— Estou aqui.

— Não sei como a Gilda te atura.

— Ela não me atura. Me mandou passear. Escuta: o que é isso inchado no teu nariz.

— Uma vagabunda. Me deu um pau lá no Guanabara.

— Você não acha que tá um pouco velha pra brigar em bar?

— Acho que não. Bati nela também. Enfiei a cara dela no encerador de sapato.

— Ótimo. Então estou bebendo com uma assassina às seis da manhã. Isso é excelente.

Raoul largou o copo, se aproximou e agarrou Samantha novamente pelas nádegas. Suspendeu a mulher no ar e foram para o banheiro. Alguma coisa os afastava do quarto. Talvez fosse o compromisso. Talvez fosse algum tipo de escrúpulo. Raoul sentou na privada tampada e Samantha veio por cima, de costas pra ele. Ele beijou seu seio pelo lado das costelas e ficou acariciando o bico do outro com uma das mãos. Liu era daquelas que gemem baixinho, que têm vergonha de gemer. Ficaram o tempo todo na mesma posição. Liu apenas manobrou o pau de Raoul pra dentro do estacionamento coberto de pêlos aparados. Quando ele entrou, ela soltou o ar com força e dobrou a cara. Ele fez com que ela abrisse as pernas com uma mão sob sua coxa. Ela então apoiou um dos pés na beirada da banheira e ficou quicando sobre Raoul. A tampa da privada escorregou uma vez, mas eles não podiam mais parar. Samantha virava e lambia a cara de Raoul, para demonstrar seu prazer. Sua língua estava gelada e isso era um bom sinal. Uma língua gelada numa mulher solitária significa prazer extremo. Mas ele sempre odiava quando lambiam sua cara. Só que nunca fazia nada porque senão perdia a concentração.

O problema todo foi ter ficado ali dentro muito tempo depois de gozarem. Exaustos, culpados, perdidos. Isso servia para Raoul, para Samantha jamais. Pelo menos não que ela soubesse ou admitisse. Era uma “mulher segura que trepava com quem quisesse”. E o que fazem os homens seguros? Depois de uns cinco minutos descansando, ainda na mesma posição, um encaixado no outro em cima da privada, Samantha saiu de Raoul e uma gosma horrorosa de esperma acumulado grudou na coxa dele. “Que nojo!”, gritou Raoul. “Olha isso aqui!”, e apontou pra gosma na coxa. Gilda limpou a gosma da coxa de Raoul com uma tira de papel higiênico. Depois lavou os copos e foi se deitar. Raoul dormiu na sala. O mesmo motivo que o fazia transar com Liu no banheiro o fazia dormir na sala.

***

Gilda ainda estava um pouco inchada quando o telefone tocou. Era Lídia implorando para encontrá-la. E o amor eterno ficaria para a próxima novamente.

Comentários

Marcela Santos disse…
Diferente... Interessante!

=D

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