LIVROS, FILMES E DISCOS
>> Eduardo Loureiro Jr.
Tem coisas que já nascem importantes, outras surgem sem pretensão.
Filhos, por exemplo, costumam nascer cercados de importância e preparativos. São um sucesso de público meses antes de estrear realmente. Árvores, pelo contrário, nascem sem alarde. O que não impede que haja filhos-surpresa, para os quais todos os envolvidos estão despreparados, ou árvores cujas sementes são plantadas com pompa e circunstância.
Na minha vida, quase tudo que tentei iniciar com festa e estardalhaço resultou em fracasso, no máximo tornou-se uma coisa comum. Os grandes projetos, os amores platônicos, os filhos planejados... ficaram engavetados ou não tiveram repercussão, não chegaram às vias de fato ou viraram desilusão, enfrentaram obstáculos demais e, mesmo se realizados, não havia o que comemorar: o cansaço era sempre maior que a alegria.
Quase tudo de bom que me aconteceu começou sem ostentação, sem barulho. Da maioria, não guardo sequer a data de início. Muitas vezes, não houve sequer qualquer tipo de planejamento ou projeto. Meus amigos, em que dia conheci cada um deles? Não lembro. Quando muito, tenho ideia do ano. E nunca começou assim: "vou ser amigo de fulano". Simplesmente acontecia. Minha já não tão pequena mas cada vez mais querida Julia... sim, sei a data de nascimento. Mas, quando ela surgiu, eu nem desconfiava da importância que ela teria na minha vida. Veio de mansinho e tomou conta de meu coração. Este site, o Crônica do Dia, a que dei início há mais de dez anos... O início está marcado porque a memória da internet é boa, muito melhor do que a minha. Mas eu jamais imaginaria então a quantidade de gente que passaria por aqui, como autor e como leitor, muito menos o significado que ele assumiria para mim: um lugar de expressão e exercício da escrita, um mirante para a qualidade literária desses meus amigos de letras.
Falo disso tudo porque dia desses dei início a uma nova atividade sem qualquer badalação. Chamei meus amigos Ota e Carla — Otacílio Batista e Carla Dias (essa vocês conhecem) — para fazermos juntos um blog com dicas de livros, filmes e discos, para deixarmos um rastro de nossos encantamentos com as artes da literatura, da música e do cinema. Talvez não dure, talvez a gente se canse, talvez pare de fazer sentido... mas por enquanto estamos lá, compartilhando o que temos lido, visto e ouvido.
Sei que dicas de livros, filmes e discos é o que não falta em tudo que é portal e jornal. Mas talvez tenha um amigo ou outro que queira saber o que estamos admirando pra admirar também. Como diz Bartolomeu de Campos de Queirós, "bonito é tudo aquilo que eu não dou conta de ver sozinho". Assim são esses discos, filmes e livros. Beleza demais só pra mim, pro Ota e pra Carla. Então essa crônica é um convite: http://livrosfilmesediscos.blogspot.com
Venha dar conta dessas belezas com a gente.
Filhos, por exemplo, costumam nascer cercados de importância e preparativos. São um sucesso de público meses antes de estrear realmente. Árvores, pelo contrário, nascem sem alarde. O que não impede que haja filhos-surpresa, para os quais todos os envolvidos estão despreparados, ou árvores cujas sementes são plantadas com pompa e circunstância.
Na minha vida, quase tudo que tentei iniciar com festa e estardalhaço resultou em fracasso, no máximo tornou-se uma coisa comum. Os grandes projetos, os amores platônicos, os filhos planejados... ficaram engavetados ou não tiveram repercussão, não chegaram às vias de fato ou viraram desilusão, enfrentaram obstáculos demais e, mesmo se realizados, não havia o que comemorar: o cansaço era sempre maior que a alegria.
Quase tudo de bom que me aconteceu começou sem ostentação, sem barulho. Da maioria, não guardo sequer a data de início. Muitas vezes, não houve sequer qualquer tipo de planejamento ou projeto. Meus amigos, em que dia conheci cada um deles? Não lembro. Quando muito, tenho ideia do ano. E nunca começou assim: "vou ser amigo de fulano". Simplesmente acontecia. Minha já não tão pequena mas cada vez mais querida Julia... sim, sei a data de nascimento. Mas, quando ela surgiu, eu nem desconfiava da importância que ela teria na minha vida. Veio de mansinho e tomou conta de meu coração. Este site, o Crônica do Dia, a que dei início há mais de dez anos... O início está marcado porque a memória da internet é boa, muito melhor do que a minha. Mas eu jamais imaginaria então a quantidade de gente que passaria por aqui, como autor e como leitor, muito menos o significado que ele assumiria para mim: um lugar de expressão e exercício da escrita, um mirante para a qualidade literária desses meus amigos de letras.
Falo disso tudo porque dia desses dei início a uma nova atividade sem qualquer badalação. Chamei meus amigos Ota e Carla — Otacílio Batista e Carla Dias (essa vocês conhecem) — para fazermos juntos um blog com dicas de livros, filmes e discos, para deixarmos um rastro de nossos encantamentos com as artes da literatura, da música e do cinema. Talvez não dure, talvez a gente se canse, talvez pare de fazer sentido... mas por enquanto estamos lá, compartilhando o que temos lido, visto e ouvido.
Sei que dicas de livros, filmes e discos é o que não falta em tudo que é portal e jornal. Mas talvez tenha um amigo ou outro que queira saber o que estamos admirando pra admirar também. Como diz Bartolomeu de Campos de Queirós, "bonito é tudo aquilo que eu não dou conta de ver sozinho". Assim são esses discos, filmes e livros. Beleza demais só pra mim, pro Ota e pra Carla. Então essa crônica é um convite: http://livrosfilmesediscos.blogspot.com
Venha dar conta dessas belezas com a gente.
Comentários
Nunca deixe de compartilhar o que é belo!
Beijos.
já fiquei freguês. A Carla já nos prestava esse favor de vez em quando aqui. Agora vira leitura obrigatória essa página.
Queria saber como é que vocês conseguem ensinar generosidade, mesmo sem escrever sobre ela.
Abraços.
abração,
felipe peixoto