CRÔNICA DE QUE NÃO LEMBREI INTEIRO
>> Eduardo Loureiro Jr.
Quando a Terra era pequena, quase nada, quando ainda estava na barriga, alguém lhe deu um forte abraço e ela ficou — nos pólos — achatada.
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Cresci juntando um tesouro: deveres de casa velozes, leitura dinâmica, frases curtas, longos longos silêncios... ... ... Meu tesouro de tempo.
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Maturidade é fruta madura no pé, não está ali pra se exibir — bonita — mas pra se comer.
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Quando a gente já tem muito, não pode mais se dar ao luxo de só receber.
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Neste mundo, onde tudo é pra ser visto, quanto mais me vejo eu, mais cego eu me sinto.
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Tesouro agora é brilho de olhar.
Comentários
Que sequência linda! Eu li de cima para baixo, de baixo para cima, direita para esquerda, vice-versa, de viés e só fui descobrindo mais grandiosas e perfeitas crônicas em cada um desses grandes textos. :)
Vou ali saborear maturidades e já volto. :)
beijo!
Mas claro, Carla! Você é pura reticência. :)
Lindo isto!