SOBRE UM PEDAÇO DE TEMPO >> Cristiana Moura



Tem dias que o coração amanhece batendo desafinado. Foi logo depois de uma noite dessas, quando é difícil dormir. Ou bem o corpo está cansado e o sono não vem. Ou bem o sono quer adormecer o corpo que, agitado, se mantém acordado.

É que dormir, por vezes é alívio, descanso e viagem onírica desejada. Noutras parece temer os próprios sonhos e desejos e camufla o medo numa sensação de que o tempo do sono é perda de tempo.

E passou a manhã, passou a tarde. O peito apertado, o coração desafinado. Acabou por perder o nascer da lua — cochilou.

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