NA FAIXA >> Cristiana Moura
E por um segundo a menina parou. Doou-me um sorriso. Não sei quem é nem seu nome. É miúda, penso que tenha quatro ou cinco anos. Eu sorri quase que por um reflexo pleno de gratidão.
Puxada pela mão ela atravessava a faixa de pedestres saltitando. Quase ao fim da travessia olhou para mim novamente como se fôssemos velhas conhecidas. Já do outro lado da rua, após uma lenta lambida num picolé cor-de-rosa, seu olhar mais uma vez cruzou o meu com a cumplicidade de quem explicava sua alegria prévia ao atravessar a faixa.
— Meu Deus, que possamos compartir os sorrisos que nascem das pequenas coisas.
Puxada pela mão ela atravessava a faixa de pedestres saltitando. Quase ao fim da travessia olhou para mim novamente como se fôssemos velhas conhecidas. Já do outro lado da rua, após uma lenta lambida num picolé cor-de-rosa, seu olhar mais uma vez cruzou o meu com a cumplicidade de quem explicava sua alegria prévia ao atravessar a faixa.
— Meu Deus, que possamos compartir os sorrisos que nascem das pequenas coisas.
Comentários
Meu sorriso ao ler sua pequena coisa crônica.