lembrança enlatada >>> branco
manhã
na estação vazia
paguei meu bilhete
e subi no vagão
olhando pela janela
vejo as árvores vejo as montanhas
de vez em quando
uma cidadezinha
no vidro
o reflexo de uma criança despenteada e feliz
árvores montanhas e cidadezinhas
misturam-se a silhueta sorridente
ergo os olhos e uma nesga do azul cintilante
que cega e aquece
e me joga perdido no tempo/espaço
quantas eras terá esta viagem?
a paisagem muda
chão plano e cimento
shopping prédios
e toda a arquitetura
surgem agora na janela
no vidro
existe um velho refletido
seu rosto é cansado e cheio de rugas
meu olhar não desvia enquanto pergunto para ele
se os meninos da rua de terra batida
estarão neste momento falando em seus celulares
enternados e apressados
e a menina de camiseta hang ten
estará vestida formalmente dentro de um elevador
a estação de destino se aproxima
abro a minha mochila
e procuro pelo que falta
mas ela está completa
- cada coisa no seu devido lugar -
a criança e o velho
as arvores e o cimento
e dentro de uma latinha enferrujada
as lembranças de um amor que não vingou
na estação vazia
paguei meu bilhete
e subi no vagão
olhando pela janela
vejo as árvores vejo as montanhas
de vez em quando
uma cidadezinha
no vidro
o reflexo de uma criança despenteada e feliz
árvores montanhas e cidadezinhas
misturam-se a silhueta sorridente
ergo os olhos e uma nesga do azul cintilante
que cega e aquece
e me joga perdido no tempo/espaço
quantas eras terá esta viagem?
a paisagem muda
chão plano e cimento
shopping prédios
e toda a arquitetura
surgem agora na janela
no vidro
existe um velho refletido
seu rosto é cansado e cheio de rugas
meu olhar não desvia enquanto pergunto para ele
se os meninos da rua de terra batida
estarão neste momento falando em seus celulares
enternados e apressados
e a menina de camiseta hang ten
estará vestida formalmente dentro de um elevador
a estação de destino se aproxima
abro a minha mochila
e procuro pelo que falta
mas ela está completa
- cada coisa no seu devido lugar -
a criança e o velho
as arvores e o cimento
e dentro de uma latinha enferrujada
as lembranças de um amor que não vingou
foto : web
arte e lápis : p. entti
Comentários
Vc é o cara.
Elaine Martins Franco
Me reportei hâ alguns anos, onde eu observava as pessoas e todas as coisas q aconteciam ao meu redor.
Hj, não mais, o mundo estâ como o Coelho da história de Alice no País das Maravilhas, onde a gente corre atrás dele, não sei pra que, o q nos deixa de observar as belezas q o mnndo nos proporciona.
Até um amor que não vingou, mas, q nos deu maturidade suficiente para compreender o porquê...
Nessa crônica vc arrasou.
Parabéns!
Adorei...
Volta ao passado em que tudo era simples
Tudo era romântico
Um tempo que jamais pensaria que iria mudar
Você consegue fazer me transportar em seus escritos.
Até o silêncio do trem consegui sentir
Alcir
PS: Como faço para adquirir seus livros?