FÉRIA >> Fred Fogaça


Fosse pela féria, às circunstâncias, adiar um Crônica, não faria jus a imediates. Meandra ao que se encavala confuso, que me entrega a cabeça ao espírito mundano, há uma percepção caseira que rodeia ratazaneira pela encrosta dos costumes do tempo. 

Provável, à difusão que me atribuo, ápice da linha meridiana, plena feira sexta da graça de deus, que me avarie de outras discordâncias pouco relacionados a minha empresa.

Porque tenho pouco tempo, e os dias em que debruço às desgraças correm em minha direção.

Me retenho um momento dos entorpecentes suaves dos nossos dias - em que um aparelho móvel é o seu antro. Não olho as casas por dentro a tanto. Não tenho escutado suas histórias o que dizem: qu'eu não tenha me dado a essas ruas, não seja esse um motivo, antes minha lembrança que eram muros. Muros que corriam os quarteirões fugindo dos passantes, amedrontados às ameaças que a noite não guarda pra si.

Qual minha surpresa a realidade é repleta de grades.

Há cores que se repudiam em tons de absurdo número: eu não uso mais de três a cada vestimenta e minha impressão leva esse crivo baixo. Mas: há uma harmonia nesse desespero urbano que eu sinto alguma falta. 

Não sei da minha empresa muita coisa, nem quanto texto, menos ainda além suas bordas. O que existe é aqui, ordenado em períodos mais ou menos premeditados. O resto são rebarbas.

Existe também uma sensação a que me deixo só um pouco; existe um pouco a que me vive essas neblinas.

Eu não sei explicar do que a cidade tem saudades.

Claro, guardo pra mim todas as lembranças, porém não muito discorre sobre elas, antes me enternece o coração esses lugares que nunca vi outrora. Dessas pessoas que nunca vi é que associo uma compaixão compatriota. Parece que tem um tempo passado guardado aqui subjugado à desperdício acumulado nessa entre casas que eu descobri, por acidente.

Que eu não sei o que fazer.

Comentários

Analu Faria disse…
Poesia em prosa é tão difícil de fazer! A expectativa do leitor, ao constatar a forma do texto, é racionalidade, começo, meio e fim, talvez temperada de lirismo.Leva tempo para se adaptar à poesia, única coisa, mais que meditação, mais que trgedia6, capaz de parar o tempo Parabéns por conseguir quebrar essa expectativa tão rápida quanto delicadamente.

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