RETRATAÇÃO >> Fred Fogaça
Confesso que me esqueci da crônica pra hoje.
Dentre uma viagem pro lançamento do amigo Whisner, trânsitos e trânsitos e trânsitos e parece que eu já não me lembro de mais nada da rotina.
Até que é bom, mas essas coisas são tardias no vir.
Também frequentemente me esqueço de que os estímulos demoram a virar crônicas, pelo menos pra mim.
Acho que não posso mais confiar minhas lembranças em percursos como esse.
Tirei esses minutos do metrô errei a direção pra fazer essa retratação despropositada.
Sinceramente, nem todo texto foi de metrô, precisei de informações e acabei sabendo de toda uma rede de praticidade e trocas. Gosto dessas histórias comuns.
Meu celular, com sua bateria vacilante, também me deixou esperando um fim pra honesta retratação.
Interrompido apenas por um malabarista, uma banda, algumas tendas, uma bandeira e um café. No último impedimento eu pude dar uma solução rápida.
Parêntese: ainda me choca plenos dois mil anos de tecnologias e a gente encontra dificuldade pra uma carga humilde pro celular.
Eu não tô falando de setenta, oitenta porcento. Tô falando aí de uns vinte, trinta bastante sutis e bem intencionados.
Tirei uma foto de uma família bastante simpática. Tanto que, imagino, são turistas também.
Não vejo um paulistano há muito tempo.
(No sul, esse é um assunto democrático, odiamos todos os turistas. Menos os que alugam nossas casas.)
Enquanto carregava o celular. Foi uma compensação.
Na verdade era só isso, apenas desculpas, hoje definitivamente não tenho o que escrever. Só e mais uma coisa: nada mais triste que escadas rolantes paradas.
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