VENDE-SE >> Fred Fogaça
As mãos se agarram a imediates com a força de evitar precipitações: ora, a velocidade - pouca, confessemos - corta o piche à base de más impressões.
Eu tenho medos palpáveis que não consigo controlar.
Esperei um aniversário de tempo por esse dia em que não fosse intermediar as voltas com o cobrador: mas agora é tudo ansiedade e desconfiança.
Seus ferros se correm de rancor.
A maquina que corta as más impressões cospe suas disfunções na minha cara e eu... bem, eu nunca estive em menos poder. Quando giro o contato que lhe vocifera às entranhas incinerações autoinfligidas, eu já lhe estranho os humores.
Devo desfazer-me dessas ameaças.
Às vezes me estranha a selvageria moderada da vida tradicional, essas afrontas na mão mole.
Quando eu paro, às vezes, por um momento só, e perscruto a natureza irremediável da realidade eu só constato o que já deveria e ainda assim me estranha. Explico: é pessoal, seu problema sempre foi eu.
Por isso devo repassá-lo, é por que me afronta, é porque eu lhe basto.
Antes que me consuma: tratar aqui.
Vende-se.
Comentários