VIDA DE ÉTUDIANTE>> Analu Faria


Achei nos meus guardados um velho caderno de estudos de francês. Aparentemente, eu já estudava francês há dez anos, embora eu não me lembrasse disso. O que me chamou a atenção, contudo, não foi meu problema de memória, mas o fato de que, em um dos exercícios em que se perguntava “Êtes-vous fatigué(ée) ou en forme?” eu tenha respondido : Je suis TRÈS FATIGUÉE!”, assim mesmo, com letras maiúsculas e exclamação. Concluí que tô très fatiguée há muito tempo. Talvez fosse de estudar francês.

Não me leve a mal, eu gosto de estudar, gosto de aprender novas línguas. Minha implicância com le francês é com a incompatibilidade – em número mesmo - entre representação gráfica e fonema. Traduzindo: é incrível a quantidade de “letras que não são faladas”.  Mon Dieu! “S” à la fin das palavras é um negócio que francês déteste. Ainda bem que existe contexto para a gente saber quando é plural e quando não é. Mesmo assim, ainda me sinto très confuse.

Olhando o resto do caderno, me dá uma pena de não ter aproveitado melhor aquela época.  Nem era para estar tão fatiguée assim. Eu dormia beaucoup melhor e tinha bem mais tempo d’étudier.  Eu poderia ter aprendido français direitinho e ter ganhado o mundo. Moraria hoje em Paris. Ou em algum lugar da Belgique. Qualquer país francophone de l’Afrique me interessaria também. J’aime la langue française, mas tô me sentindo meio retardadinha por ter de voltar ao básico. Fale mais lentemente e répétéz, por favor. Aliás, si’il vous plaît.

Comentários

Carla Dias disse…
Eu me lembro de um amigo que me mostrou o caderno dele de quando estudava francês. Então, começou a ler e eu olhava para aquelas palavras e pensava: não tá escrito isso! A ideia de estudar outros idiomas me agrada, mas francês me dá medo.
Cristiana Moura disse…
Ah... Je suis très fatiguée aussi. E vou voltar ao básico après 20 anos. —Parlez doucement , s’il vous plaît: é a minha frase nos próximos deux meses à Lyon. Agora, o tradutor do Google e o corretor em français sont très bon!! Bisous !
Zoraya Cesar disse…
tenha du courage e persista, Analu. Voltar às aulas é mesmo sempre mais difícil que começar do zero. um pouco de la patience e bonne chance!
Analu Faria disse…
Carla: né? Falar todas as letras é para os fracos! rs
Cristina: Que maravilha! Volte pra nós cheia de novidades francesas, então! :)
Zoraya: Terei, terei! Sou imediatista, voltar ao básico requer algo que preciso exercitar: paciência! rs

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