À PROCURA >> Cristiana Moura

Ando esvaziada de mundo. É tanta a correria cotidiana que estudos e afazeres tem me roubado a poesia.

Não é coisa de assalto. Não há ameaça visível. Nem há susto ou medo. É coisa de furto que leva de leve a carteira de dentro da bolsa. Aí a gente só dá falta bem depois e não sabe direito nem onde nem como aconteceu.

O cotidiano roubou-me a poesia!

— Respira fundo, dilata os póros e sente — há de encontra-la.

Vou coar um café para tomar na varanda enquanto procuro as palavras que ando perdendo por aí.

Comentários

sergio geia disse…
Sensacional! Tão simples, tão poética...
André Ferrer disse…
Em caso de furto de poesia, recomenda-se reagir.
Cristiana Moura disse…
Grata Sérgio e Carla
André, perfeita a recomendação!
Zoraya disse…
Cris, esse é um dos mais belos que você nos deu de presente. Por favor, reaja urgente!

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