SEMPRE AO SEU LADO >> Clara Braga
Há três anos meu cachorro, um poodle branco chamado Iky, faleceu. Pela situação dele, pode-se dizer que ele até durou bastante, morreu com 12 anos e era mais fácil dizer quais doenças ele não tinha do que as que tinha. De hérnia de disco a problema no coração, ele teve tudo, e eu nem sabia que cachorros tinham hérnia.
Depois que ele faleceu, eu passei a não conseguir mais assistir a filmes de cachorro sem chorar. Aqueles filmes meio sessão da tarde, onde o cachorro joga basquete, nada, corre e só falta ser trapezista, eu não consigo assistir porque são ruins mesmo, mas filmes como Marley e eu já não dá, e olha que Marley e eu nem é assim tão fantástico.
Outro dia estava passando no Telecine um filme chamado Sempre ao seu lado. Eu nunca tinha ouvido falar, mas vi que tinha um cachorro na história. Como o filme tinha acabado de começar, eu resolvi assistir, mas para não ser pega de surpresa, entrei na internet e pesquisei se o cachorro morria no final. Se ele morresse, eu não assistiria.
Pesquisa feita e o cachorro não morre, ou seja, posso assistir. Para quem já viu o filme, sabe que eu cometi um grave erro. O filme é tão triste quanto se o cachorro tivesse morrido, aliás, chega um ponto no filme que você se pergunta se não era melhor o cachorro ter morrido logo. Eu chorei do meio ao fim do filme, e no fim eles te contam que a história é real, o que me fez continuar chorando até depois que o filme acabou.
A história, que eu não vou contar para não cortar o barato de quem ainda vai assistir, aconteceu na China e é contada nas escolas para ensinar crianças sobre a lealdade. O cachorro realmente é um bom símbolo de lealdade, e acho que é esse o ponto que mexe mais comigo. Eu não cuidei direito do meu cachorro, ele, como acontece em muitos casos, chegou aqui em casa quando eu era muito pequena, e por isso acabou sobrando para a minha mãe. Ela que passeava com ele, levava ao veterinário, dava banho e eu ficava ali de coadjuvante, ajudando de vez em quando.
Depois que ele morreu, ficou uma pontinha de culpa, uma vontade de ter feito mais por ele, que sempre fazia companhia a todos aqui de casa e também fazia uma grande festa quando qualquer um de nós chegávamos da rua. Minha mãe diz que eu vou me redimir quando eu tiver meus filhos e o cachorrinho deles sobrar pra mim, mas não sei se vai ser a mesma coisa.
Sem querer levar esse papo para um lado muito filosófico, mas já levando, infelizmente esse é um mal que muitos, se não todos, sofrem: só aprender a dar o real valor depois que perde. É horrível quando a gente percebe que fez isso, mas é difícil perceber que se está fazendo no momento. Acho que todo o mundo está vivendo um momento muito egoísta, temos que tomar cuidado e cuidar dos que estão próximos da gente, seja um cachorro, um gato, um papagaio, uma mãe, um irmão, um tio, um namorado, qualquer coisa, para depois não sobrar só a pontinha de culpa.
Depois que ele faleceu, eu passei a não conseguir mais assistir a filmes de cachorro sem chorar. Aqueles filmes meio sessão da tarde, onde o cachorro joga basquete, nada, corre e só falta ser trapezista, eu não consigo assistir porque são ruins mesmo, mas filmes como Marley e eu já não dá, e olha que Marley e eu nem é assim tão fantástico.
Outro dia estava passando no Telecine um filme chamado Sempre ao seu lado. Eu nunca tinha ouvido falar, mas vi que tinha um cachorro na história. Como o filme tinha acabado de começar, eu resolvi assistir, mas para não ser pega de surpresa, entrei na internet e pesquisei se o cachorro morria no final. Se ele morresse, eu não assistiria.
Pesquisa feita e o cachorro não morre, ou seja, posso assistir. Para quem já viu o filme, sabe que eu cometi um grave erro. O filme é tão triste quanto se o cachorro tivesse morrido, aliás, chega um ponto no filme que você se pergunta se não era melhor o cachorro ter morrido logo. Eu chorei do meio ao fim do filme, e no fim eles te contam que a história é real, o que me fez continuar chorando até depois que o filme acabou.
A história, que eu não vou contar para não cortar o barato de quem ainda vai assistir, aconteceu na China e é contada nas escolas para ensinar crianças sobre a lealdade. O cachorro realmente é um bom símbolo de lealdade, e acho que é esse o ponto que mexe mais comigo. Eu não cuidei direito do meu cachorro, ele, como acontece em muitos casos, chegou aqui em casa quando eu era muito pequena, e por isso acabou sobrando para a minha mãe. Ela que passeava com ele, levava ao veterinário, dava banho e eu ficava ali de coadjuvante, ajudando de vez em quando.
Depois que ele morreu, ficou uma pontinha de culpa, uma vontade de ter feito mais por ele, que sempre fazia companhia a todos aqui de casa e também fazia uma grande festa quando qualquer um de nós chegávamos da rua. Minha mãe diz que eu vou me redimir quando eu tiver meus filhos e o cachorrinho deles sobrar pra mim, mas não sei se vai ser a mesma coisa.
Sem querer levar esse papo para um lado muito filosófico, mas já levando, infelizmente esse é um mal que muitos, se não todos, sofrem: só aprender a dar o real valor depois que perde. É horrível quando a gente percebe que fez isso, mas é difícil perceber que se está fazendo no momento. Acho que todo o mundo está vivendo um momento muito egoísta, temos que tomar cuidado e cuidar dos que estão próximos da gente, seja um cachorro, um gato, um papagaio, uma mãe, um irmão, um tio, um namorado, qualquer coisa, para depois não sobrar só a pontinha de culpa.
Comentários
Quanto a cães, eu que sou muito apegada aos meus - hoje tenho dois (uma labrador e uma basset) -, te digo que são um tesouro enorme, puro amor desinteressado, quem sabe um dos poucos verdadeiros...
Quem sabe vc não se anima a ter outro, antes de ter os filhos? Vale a pena, sempre... Beijo pra vc.
boas para todos.
abnerlmesmo.blogspot.com
Eu também chorei ao ver esse filma "Sempre ao Seu lado"....me desmanchei, achei que fosse surtar porque AMO de paixão bicho. Sou defensora, amiga, presente e viro um 'bicho' (olha o trocadilho) se vejo alguém praticando alguma maldade. Mas, ainda dá tempo de vc se redimir...quem sabe arrumando outro. Nada que substitua, mas, so um fofinho pra companhia.
Bjs. Andréa