IOGA >> whisner fraga

 


longe de me recuperar da primeira, chegou o dia da segunda aula,

doído ainda em músculos desconhecidos ou apenas abandonados, mesmo,

eu achava que ioga era uma série de exercícios para relaxamento: sigo descobrindo o gigantesco porte de minha ignorância,

cumpri a agenda, não deixei passar nenhum movimento, repeti o melhor que pude a dinâmica proposta,

verdade que falhei no encadeamento de respirações, foi complexo conciliar, assim, tão neófito na arte, fôlego e equilíbrio,

ana surgia, toda segunda, água mole repisando minha cabeça dura,

até, naturalmente, eu, privado de novas desculpas, partir pra experiência,

difícil também foi a tentativa de esvaziar a mente, mas para tanto eu já fui preparado, nem tentei com vontade,

primeiro os aviões que rastejavam, ruidosos, no céu a quilômetros dali,

depois a saudade da menina, em visita à prima, experimentando os primeiros mergulhos rumo à liberdade,

por fim o romance, que rabisco em variados papéis distribuídos aleatoriamente pela casa, mas sem ânimo para reunir tudo, organizar, transformar em livro,

foi minha resolução de fim de ano, começar com estas meditações, desacelerar a cabeça, seguir com isso em 2024,

vai ser bom.

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imagem: dall-e


Comentários

Ana Raja disse…
Esvaziar a mente é o pior. Eu desisti da ioga e de esvaziar a mente.
Tenho muitos amigos que amam os resultados. Espero que você siga firme na ioga.
Jander Minesso disse…
Tem quem diga que o pulo do gato acontece a hora que você desiste de tentar esvaziar a dita cuja.
Albir disse…
Eu não consegui cumprir a agenda e deixei passar vários movimentos na minha tentativa de Yoga. Meu corpo se recusou. Feliz Natal e ótimas meditações em 2024!
Soraya Jordão disse…
Reinventar-se é sempre a face mais desafiadora da vida. mas, traz encantos. siga firme!

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