PERIGO >> PAULO MEIRELES BARGUIL

Há quem não o evite, muito pelo contrário.

 

Está sempre disposta para se encontrar com ele. 

 

O seu frenesi é uma tentativa de anestesiar a antiga dor oculta.


Ah, quem a conhece sabe do seu vício, mas não sente o calafrio da sua alma.

 

Há tempos, ela, para evitar que o veredito seja anunciado, continua, compulsivamente, a jogar.

 

E a aflição continua a crescer...


Será que alguém, além dela, pode salvá-la?

Comentários

Nadia Coldebella disse…
Aí ai, eu adoro sua economia, mas agora queria mais palavras para conhecer a resposta dessa pergunta.
Eu ando muito pessimista esses dias. Não sei se alguém tão imerso pode realmente se salvar ou ser salvo.
sergio geia disse…
Também acho que não, Nádia. Talvez dependa do nível dessa imersão perigosa.
Carla Dias disse…
Ah, Paulo... Você e sua capacidade de escrever algo que nós, os leitores, podem trazer para várias situações da própria vida. Eu realmente gosto disso.
Zoraya Cesar disse…
Ando pessimista e cínica. Mas preciso acreditar que ainda há salvação. Ou nem eu me salvo.
Paulo preciso e afiado, como sempre.

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