DE NOVO O TAL DO AMOR >> Clara Braga
Ah, o amor!
Quem nunca sorriu, escreveu, cantou, gritou, chorou, sofreu, dançou, desistiu, abraçou, duvidou ou começou um amor?
Amor é o tema mais antigo, mais piegas e, ainda assim, rende boas histórias. Quem diria, depois de tanto tempo o amor ainda consegue até ser polêmico!
Um cara foi lá e escreveu sobre o amor, o seu amor! Fez logo uma declaração daquelas de deixar qualquer um suspirando! Abriu seu coração e falou do amor que sentia, amor com direito a jazz como trilha sonora, com direito a viagens dos sonhos, fone de ouvido compartilhado, com poesia, versos, tudo muito singelo e delicado, muito sincero.
Claro, falar de amor é difícil, afinal, existem mil formas de amar, por isso mesmo, houve quem conseguisse sentir o que o tal escritor estava falando, compartilhou da leveza das suas palavras e se emocionou. Mas também houve quem achasse que esse amor de cinema, quase de conto de fadas, não fosse amor verdadeiro, e se incomodasse.
Não demorou muito e um outro foi lá e também falou do seu amor. O amor que cresce na rotina, que supera os desgastes, que vê na intimidade o que é realmente gostar de alguém além da maquiagem, das estrias, da porta do banheiro aberta, do cansaço e da irritação de não estar sempre de bom humor.
Ora, então eu me pergunto, pra que se irritar com a forma de amar do outro? Afinal, também não há poesia nas estrias? Leveza na rotina? Beleza na intimidade? Jazz no abraço cansado?
Parem de se irritar com o amor do outro, amor não foi feito para ser definido nem discutido, amor foi feito para ser sentido e vivido!
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