VIRTUDE >> Paulo Meireles Barguil
Cada cabeça uma sentença.
Há séculos, usufruímos desse direito, em importantes e vis situações, mesmo quando não verbalizamos.
O status de uma característica, de um acontecimento não é absoluto, pois aquele varia de acordo com a pessoa que interpreta.
O que para umas é um defeito, para outras é uma virtude.
O que para umas é uma benção, para outras é uma desgraça.
Vivemos, individual e coletivamente, entre certezas e hesitações.
De modo geral, as primeiras são vistas como sinais de fortaleza.
E as segundas como manifestações de fraqueza.
É com elas que cavalgamos e vagamos.
Não pense, contudo, que as primeiras aceleram a caminhada e as segundas a atrasam.
A depender do destino, pode ser mais adequado demorar.
Seria a dúvida, outrora um estorvo, uma dádiva?
Em um mundo repleto de mistérios e paradoxos, talvez a gente precise de outro lema.
Cada cabeça uma lambança.
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