COLO, COMIDA E CONSELHO
>> Eduardo Loureiro Jr.
Mãe só tem uma, embora eu tenha muitas. Dar à luz uma criança é suficiente para se tornar uma mãe, mas não é necessário. Para que se seja mãe basta dar colo, comida e conselho.
O espaço da maternidade é o colo, o aconchego dos braços. Mãe que é mãe dá esse abrigo no peito, que é uma abreviatura da casa, que é uma miniatura do mundo, que é um holograma do universo. Mãe dá ao filho esse lugar de descanso. Filho tem para onde retornar quando a situação aperta, quando a vida nos faz sentir pequenos, medrosos, acuados. Colo de mãe é consolo, companhia na solidão. Colo é cadeira de balanço, é varanda de casa de praia, é banco de pátio, é quarto de hóspedes. Colo é a lembrança de que um dia se mamou no peito, essa extensão do grande coração que a mãe carrega dentro.
Do colo, pelo cheiro, vem a comida. Criança, que mama no peito, quando cresce come na mesa sempre posta, troca o leite pelo baião-de-dois, pela tapioca, pela sopa, pelo bolo de sal; e, quando necessário, pela garapa, pelo xarope, pelo chá de carqueja ou de quebra-pedra. Comida da mesma consistência do nosso tamanho: se o filho é pequeno (na altura, no choro, na doença), dá-lhe líquido; se o filho é crescido (no orgulho, na responsabilidade), dá-lhe carne com osso ou com nervo para ser comida com paciência.
Mãe também dá de comer palavra ao filho: sabor que vira saber, comida que vira cuidado. Mãe dá liberdade e dá livro, dá hobbie e dá história, dá providência e dá provérbio, dá carinho e dá carão. Mãe ouve confissão em silêncio e dá conselho em exemplo. Mãe aceita o filho estranho, extraviado, estrangeiro. Mãe chama o filho não apenas pelo primeiro nome ou pelo apelido; sabe chamar nosso nome completo, nosso destino correto. Conselho é causo de família, moral da história. Conselho é "Sapateiro Feliz", "Zorba, o grego", "Coiote" e "Conspiração Aquariana".
Mãe talvez seja só uma mesmo: uma heroína de mil faces. Mãe é mar, é Maria, é Mazé. Mãe é amor, é harmonia, é Tia Monca. Mãe é risada, é graça, é Gracinha. Mãe é além, é luz, é Luiza.
O espaço da maternidade é o colo, o aconchego dos braços. Mãe que é mãe dá esse abrigo no peito, que é uma abreviatura da casa, que é uma miniatura do mundo, que é um holograma do universo. Mãe dá ao filho esse lugar de descanso. Filho tem para onde retornar quando a situação aperta, quando a vida nos faz sentir pequenos, medrosos, acuados. Colo de mãe é consolo, companhia na solidão. Colo é cadeira de balanço, é varanda de casa de praia, é banco de pátio, é quarto de hóspedes. Colo é a lembrança de que um dia se mamou no peito, essa extensão do grande coração que a mãe carrega dentro.
Do colo, pelo cheiro, vem a comida. Criança, que mama no peito, quando cresce come na mesa sempre posta, troca o leite pelo baião-de-dois, pela tapioca, pela sopa, pelo bolo de sal; e, quando necessário, pela garapa, pelo xarope, pelo chá de carqueja ou de quebra-pedra. Comida da mesma consistência do nosso tamanho: se o filho é pequeno (na altura, no choro, na doença), dá-lhe líquido; se o filho é crescido (no orgulho, na responsabilidade), dá-lhe carne com osso ou com nervo para ser comida com paciência.
Mãe também dá de comer palavra ao filho: sabor que vira saber, comida que vira cuidado. Mãe dá liberdade e dá livro, dá hobbie e dá história, dá providência e dá provérbio, dá carinho e dá carão. Mãe ouve confissão em silêncio e dá conselho em exemplo. Mãe aceita o filho estranho, extraviado, estrangeiro. Mãe chama o filho não apenas pelo primeiro nome ou pelo apelido; sabe chamar nosso nome completo, nosso destino correto. Conselho é causo de família, moral da história. Conselho é "Sapateiro Feliz", "Zorba, o grego", "Coiote" e "Conspiração Aquariana".
Mãe talvez seja só uma mesmo: uma heroína de mil faces. Mãe é mar, é Maria, é Mazé. Mãe é amor, é harmonia, é Tia Monca. Mãe é risada, é graça, é Gracinha. Mãe é além, é luz, é Luiza.
Comentários
Obrigada a você e obrigada à Vida, pelos filhos que me deu.
Um abraço carinhoso,
Tia Monca
Parabéns.
Norma