MENINA >> Carla Dias >>
Minha sobrinha faz aniversário hoje. Eu sei que há tempos não escrevo sobre essa coisa de ser tia, mas é que as crianças crescem, e depois têm outras crianças. Assim, chegamos à sobrinha em questão: Duda.
Eu sou uma tia bacana, apesar de não comparecer às festas de aniversário dos sobrinhos, raramente atender à agenda padrão dos presentes. Eu disse que sou uma tia bacana, não perfeita. Apesar de distante, geograficamente, estou sempre presente.
Duda é agridoce. Para convencê-la de que eu tenho o direito de pegá-la no colo, porque, afinal, eu sou tia... Tia-avó dela, enfim, não é fácil. Uma menininha de quatro anos – completando hoje! -, cheia de personalidade. Um pouco mal-humorada para a idade, mas é justamente isso que a torna tão interessante. Por sorte, sou uma tia que entende desse negócio de agridoce. Que, na verdade, respeita muito esse negócio de agridoce.
O mais interessante foi encontrar ali, na pós-careta, desfeita, indiferença falseada, um desejo de ser conquistada. A cada visita, sou obrigada a cortar um dobrado para convencê-la a vir no meu colo. Porque, meus caros, eu não fico sem beijar e abraçar muito meus sobrinhos, quando vou visitá-los. Todos eles. Os nove.
Outro dia, eu falava com minha irmã pelo WhatsApp e chegou essa mensagem da Duda. Durante a conversa, eu a chamei para morar comigo. Falei um pouco sobre minha casa, vendi o peixe e tal. A resposta dela foi: ah, não... Pra dormir, não. Eu quero dormir na minha casa. Foi assim que eu descobri que nós temos essa afinidade, porque voltar para casa para dormir, também é essencial para mim.
Descobrir as crianças que são meus sobrinhos, e então, os adultos que se tornaram é uma aventura. Não pensem que, só porque alguns deles são adultos, que eu não os encha de carinho. Também não sou a tia que só faz as vontades, só diz levezas e sim para tudo. Querer bem, vai além de agradar, não é mesmo?
Então, essa crônica é para celebrar a Maria Eduarda, a Duda, minha menina agridoce preferida, que depois de fazer sua parte, e dificultar o meu trabalho, permite que eu a encha de beijos... Por dois segundos.
carladias.com
Eu sou uma tia bacana, apesar de não comparecer às festas de aniversário dos sobrinhos, raramente atender à agenda padrão dos presentes. Eu disse que sou uma tia bacana, não perfeita. Apesar de distante, geograficamente, estou sempre presente.
Duda é agridoce. Para convencê-la de que eu tenho o direito de pegá-la no colo, porque, afinal, eu sou tia... Tia-avó dela, enfim, não é fácil. Uma menininha de quatro anos – completando hoje! -, cheia de personalidade. Um pouco mal-humorada para a idade, mas é justamente isso que a torna tão interessante. Por sorte, sou uma tia que entende desse negócio de agridoce. Que, na verdade, respeita muito esse negócio de agridoce.
Com a Duda | 2013 |
O mais interessante foi encontrar ali, na pós-careta, desfeita, indiferença falseada, um desejo de ser conquistada. A cada visita, sou obrigada a cortar um dobrado para convencê-la a vir no meu colo. Porque, meus caros, eu não fico sem beijar e abraçar muito meus sobrinhos, quando vou visitá-los. Todos eles. Os nove.
Outro dia, eu falava com minha irmã pelo WhatsApp e chegou essa mensagem da Duda. Durante a conversa, eu a chamei para morar comigo. Falei um pouco sobre minha casa, vendi o peixe e tal. A resposta dela foi: ah, não... Pra dormir, não. Eu quero dormir na minha casa. Foi assim que eu descobri que nós temos essa afinidade, porque voltar para casa para dormir, também é essencial para mim.
Duda | 2017 |
Descobrir as crianças que são meus sobrinhos, e então, os adultos que se tornaram é uma aventura. Não pensem que, só porque alguns deles são adultos, que eu não os encha de carinho. Também não sou a tia que só faz as vontades, só diz levezas e sim para tudo. Querer bem, vai além de agradar, não é mesmo?
Então, essa crônica é para celebrar a Maria Eduarda, a Duda, minha menina agridoce preferida, que depois de fazer sua parte, e dificultar o meu trabalho, permite que eu a encha de beijos... Por dois segundos.
carladias.com
Comentários
Albir... Agridoce que só... Uma lindeza. Obrigada! Beijo.