AQUELES NOMES >> Clara Braga

 Neon teve um rolo com a Pólen, pena que não deu certo, imaginem só os nomes dos filhos! Provavelmente seria algo como o nome da filha daquela outra mulher, a Floresta!


A amiga grávida sempre quis ter uma filha para chamar a menina de Adrenalina. Como? Adriana Lina? Não, Adrenalina mesmo! Imaginem o alívio quando ela disse que sente estar esperando um menino e o nome será João!

Aquele colega antigo de escola que eu nunca mais vi parece que teve uma filha, não vejo a hora da menina ter idade para ter Facebook e eu possa descobrir o nome dela. Lembro que o sonho dele era ter uma menina linda para batizá-la de Feia!

O Letisgo e a Madeinusa nunca chegaram a se conhecer, graças a Deus!

Aqueles alunos com muitas consoantes juntas no nome fizeram a professora repensar, chamada para quê? Juro que estou vendo todos aqui!

A Primavera só é Clara porque não pôde ser Primavera Prateada!

A Raquesh, por intervenção da avó, se chama Ágatha. Se ainda estivéssemos na época do ICQ ou do mIRC, provavelmente seria Hta ou A_gata!

Enfim, poderia seguir com uma lista interminável de nomes que não são comuns, e inevitavelmente passaria por Zabelê, Nanashara e Sarah Sheeva. Nos perguntaríamos como elas puderam continuar com esses nomes e afirmaríamos sem nenhuma dúvida: se fosse eu, já teria trocado de nome! Mas será mesmo?

Nome parece ser isso, a princípio só esse conjunto de letras que nos identifica, mas no final ganha idade, cheiro, cor e sabor. É parte da nossa identidade, e por mais diferente que pareça, a Floresta não seria a Floresta se ela se chamasse Maria.



*Essa crônica foi publicada originalmente no dia 18 de agosto de 2015 e faz parte do projeto Crônicas de Um Ontem.

Comentários

Jander Minesso disse…
MADEINUSA é maravilhoso. Horrível, mas maravilhoso. E olha que, quando o assunto é nomes, eu tenho lugar de fala.
Soraya Jordão disse…
Uma amiga tinha um aluno chamado Rauareiu(how are you?). Conheci uma pessoa cujo sobrenome era Anjo da Boa Morte. rs
Nadia Coldebella disse…
Eu tenho uma lista. No meu trabalho é comum e muitas vezes eu tenho que segurar o riso, para não ferir a dignidade da pessoa. Se bem que eu acho que houve uma mudança. Os nomes mais antigos são criativos, os de hoje em dia, bem... A minha teoria é que quanto mais n, l, y e h num nome, mais ferrados são os pais e maior a busca de compensação na criança. Tipo outro dia, Dhyennyffer Sthephanny... nem sei como ler isso. Uma maldade com a criança.
Zoraya Cesar disse…
HAHHAAHA, mais, mais, quero uma lista maior. E uma análise psicológica q explique o q leva os pais e tabeliões a escolherem e aceitarem nomes assim tão criativos!

E concordo total, o nome pode definir até o destino da pessoa! Pois existe um preconceito nominal velado e pouco falado: pode entrar, vc vai ser atendido pelo dr. wandrleisscuma. Vc se sentiria seguro?
Albir disse…
Kkkkk, não chego a sofrer com nome, mas dá trabalho repetir várias vezes que não é Almir, nem Aldir, nem Alcir, nem Caubi, nem Alzira, etc, etc.

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